Café: Atenta ao financeiro, Bolsa de Nova York despenca quase 600 pts nesta manhã de 6ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de quase 600 pontos nesta manhã de sexta-feira (24), após subir mais de 200 pontos na véspera. Os mercados globais, de um modo geral, repercutem a decisão histórica do Reino Unido deixar a União Europeia. Com 52% dos votos, os britânicos votaram pelo 'brexit', a saída do bloco, contra 48% para a permanência na UE.
Com a dexisão do país, na Ásia, as bolsas despencaram em Tóquio (–7,22%), Hong Kong (-4,67%) e Seul (-4,09%). Em Nova York, o petróleo no início da madrugada perdia mais 6% e a soja em Chicago também registrava forte baixa. No Brasil, às 09h09, o dólar comercialk subia 2,74%, cotado a R$ 3,4362 na venda.
Por volta das 09h32, os lotes de café arábica com entrega para julho/16 registravam 133,50 cents/lb com 575 pontos de queda, o setembro/16 tinha 136,80 cents/lb com 610 pontos de baixa. Já o contrato dezembro/16 anotava 139,60 cents/lb com 595 pontos negativos, enquanto o março/17 estava cotado a 142,00 cents/lb com 605 de desvalorização.
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Veja como fechou o mercado na quinta-feira:
Com cenário fundamental favorável, café se destaca dentre commodities e NY tem alta acima de 200 pts
voltaram ao campo positivo nesta quinta-feira (23), após fecharem em baixa por três sessões consecutivas. Com essa alta, os vencimentos mais distantes já estão próximos de US$ 1,50 por libra-peso. O mercado registrou na sessão de hoje recompras de fundos, mas também esteve bastante atento à volta das chuvas no cinturão produtivo do Brasil, fator fundamental decisivo, e o câmbio.
O contrato julho/16 encerrou a sessão cotado a 139,25 cents/lb com 230 pontos de alta e o setembro/16 teve 142,90 cents/lb com 320 pontos de avanço. Já o vencimento dezembro/16 anotou 145,55 cents/lb e o março/17, mais distante, fechou o pregão com 148,05 cents/lb, ambos com 320 pontos de valorização.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o quadro fundamental contribuiu para os ganhos do café, diferente de outras commodities que registraram perdas nesta quinta. "Com o cenário climático no Brasil não validando a sensação de que o mercado poderá desenhar uma curva de baixa, os grandes investidores começam a recomprar posições", explica o analista. "Tecnicamente os fechamentos ainda indicam bons ventos no radar".
De acordo com dados da Somar Meteorologia, durante toda esta quinta-feira trovoadas e chuvas dispersas devem ser registradas em lavouras de café de São Paulo e Sul de Minas Gerais, o que poderia afetar a colheita da safra 2016/17 mais uma vez. No entanto, o tempo mais seco retorna entre amanhã (24) e terça-feira da próxima semana.
Nas últimas três sessões, as cotações do arábica na ICE realizaram ajustes para baixo em processo de realização de lucros. Na semana passada, os preços externos tiveram alta acumulada de quase 3% e atingiram o patamar de US$ 1,40/lb repercutindo as condições climáticas adversas para a colheita.
A consultoria Safras & Mercado reportou nesta quinta-feira que a colheita de café do Brasil estava em 41% até 21 de junho. Levando em conta a estimativa de 56,4 milhões de sacas de 60 kg da consultoria para o Brasil, foram colhidas 23,24 milhões de sacas. Os trabalhos tiveram avanço de 7% em relação à semana anterior. A colheita está ligeiramente atrasada em relação a igual período do ano passado, quando 42% dos cafezais já estavam com trabalho concluído.
» Café: Safras estima colheita 2016/17 no Brasil em 41% até 21/06
Dados divulgados pela Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) na última terça-feira (21) apontam que seus cooperados haviam colhido, até dia 17 de junho, 19,33%, ante 11,32% no mesmo período do ano passado. O levantamento mostra um ligeiro avanço de 6,78% nos trabalhos em relação à última semana, quando o andamento da colheita passava por problemas causados pelas chuvas.
Além dos ajustes técnicos e dos fatores fundamentais, o mercado do café arábica na ICE também teve suporte do câmbio hoje. O dólar comercial fechou abaixo de R$ 3,35 com expectativas de que o Reino Unido deva permanecer na União Europeia. A moeda norte-americana fechou com queda de 0,99%, a R$ 3,3445 na venda. Com o dólar mais baixo em relação ao real, as exportações da commodity perdem competitividade.
Mercado interno
No lado interno, segundo Marcus Magalhães, o dia seguiu a rotina dos últimos com preços firmes e negócios aquém das expectativas. Os cafeicultores estão mais atentos à colheita da safra 2016/17 e não ofertam suas produções nos atuais patamares.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Guaxupé (MG) com R$ 563,00 a saca e alta de 1,44%. A maior oscilação no dia foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 1,79% e saca a R$ 550,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 571,00 a saca e avanço de 1,42%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 520,00 a saca e alta de 1,96%, a maior variação dentre as praças verificadas junto com Franca (SP) que teve queda de 1,96% e saca cotada a R$ 520,00.
Na quarta-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 489,42 com alta de 0,65%.
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