Café: Sem referência de Nova York por conta de feriado, mercado interno fica parado nesta 6ª feira
Nesta sexta-feira (03), em função da antecipação das comemorações do feriado de Dia da Independência dos Estados Unidos, a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) não funcionou. Com isso, sem a principal referência, os negócios se mantiveram em ritmo lento no mercado interno e sem grandes novidades nas principais praças de comercialização.
Segundo o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os negócios funcionaram em ritmo lento e com poucas oscilações, antecipando o final de semana para o mercado cafeeiro. Porém, há certa ansiedade em relação a situação climática no Brasil e também sobre as novidades em relação a crise grega, visto que um plesbicito deve ocorrer no próximo domingo (05), podendo trazer uma ansiedade para o mercado.
Para o cenário climático, são esperadas chuvas nas regiões produtoras de café, principalmente para São Paulo e Paraná, segundo informações da Somar Meteorologia. O sul de Minas Gerais também deverá ser contemplado com chuvas, mesmo que em volumes menores. Na próxima semana, novas frentes frias também devem trazer novos volumes para estas regiões e atrasar ainda mais a colheita do arábica e o término da colheita do conilon, que já atingiu 90%. As chuvas também trazem preocupação em relação a qualidade dos grãos colhidos, o que pode ocasionar em altas nas cotações futuras do café na próxima semana.
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Em relação as colheitas, a Cooxupé, maior cooperativa de café, disse que há um atraso de 40 dias em comparação com 2014. Dados mostram que até o dia 25 de junho os as regiões atendidas pela cooperativa atingiram 14,52% do previsto para a safra. No mesmo período este número era de 36,01%, segundo levantamento realizado pela cooperativa. São justamente estes atrasos que têm feito com os produtores segurem vendas no interior do país, visto que há pouco café de qualidade para ser entregue.
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Preços
Segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, os preços para o cereja descascada sofreram maior variação em Poços de Caldas (MG), em que chegaram a ceder 3,41% em relação ao início da semana. Com isso, a saca de 60 kg encerra cotado a R$ 453,00. Guaxupé (MG) também sofreu recuo e passa a ser cotado a R$ 483 pela saca. Já Espírito do Santo do Pinhal (SP) segue como maior valor dentre as principais praças de comercialização, a R$ 500 por saca de 60 kg.
Para o café tipo 6, o maior recuo da semana ocorreu em Marília (SP), após a baixa de 4,88%, e a saca de 60 kg passa a ser cotada a R$ 390,00. Já em Patrocínio (MG) os preços cederam 4,65% e a saca passa a valer R$ 410,00.
Já o café tipo 4 apresentou baixa de 3,21% em Guaxupé (MG). Com isso, a saca de 60 kg é negociada a R$ 483,00, maior valor dentre as principais praças de negociação. Em Varginha (MG) os preços também cederam 2,33%, em que a saca passa a valer R$ 420,00.
O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 1,25% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 406,83.
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