Café: Bolsa de Nova York realiza lucros nesta manhã de 3ª feira; estimativa da Conab ainda não repercute no mercado
As cotações futuras do café arábica registram leve perda nesta manhã de terça-feira (9). O mercado realiza lucros frente aos ganhos obtidos na sessão anterior.
Por volta das 10h04, o vencimento julho/15 tinha 135,85 cents/lb e 70 pontos de baixa, o setembro/15 registrava 138,15 cents/lb e 60 pontos de recuo e o dezembro/15 anotava 141,55 cents/lb e desvalorização de 65 pontos.
Nesta terça-feira, mais cedo, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou sua segunda estimativa para a safra 2015/16 de café do Brasil que deverá chegar a 44,28 milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado. O resultado, que considera a produção de arábica e conilon, mostra uma redução de 2,3% com referência à safra passada de 45,34 milhões de sacas.
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Ontem (8), o mercado do arábica fechou em alta em meio a aspectos técnicos. A queda do dólar contra o real no Brasil promoveu o estímulo necessário para que crescesse a atividade na ponta compradora no mercado de arábica.
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Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: Bolsa de Nova York realiza lucros nesta manhã de 3ª feira; estimativa da Conab ainda não repercute no mercado
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam esta segunda-feira (8) com alta em meio a aspectos técnicos e recuperaram-se da perda da sessão anterior após o mercado registrar valorização por sete sessões consecutivas.
O vencimento julho/15 fechou o pregão com 136,55 cents/lb e alta de 145 pontos, o setembro/15 registrou 138,75 cents/lb e 135 pontos de avanço. O contrato dezembro/15 anotou 142,20 cents/lb e 130 pontos positivos, já o março/16 encerrou o dia com 145,50 cents/lb e valorização de 115 pontos.
Segundo o analista de mercado João Santaella, a queda do dólar contra o real no Brasil promoveu o estímulo necessário para que crescesse a atividade na ponta compradora no mercado de arábica. "O dólar em baixa gera menor competitividade para as exportações brasileiras e isso faz com que as cotações ganhem sustentação em Nova York", diz. Por volta das 14h30, o dólar caía 0,94%, a R$ 3,1121 na venda.
Segundo informações reportadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), na semana passada, a exportação de café em maio (20 dias úteis) alcançou 2,630 milhões de sacas de 60 kg.
Em comparação com o mesmo período do mês passado, os embarques em maio apresentam redução de 6,6% em termos de volume, em abril o país exportou 2,815 milhões de sacas. Na receita cambial, se comparada com o mesmo período do ano passado houve uma baixa de cerca de 13,7%, para US$ 434,5 milhões.
Mesmo com a leve queda no final da semana passada, a bolsa norte-americana acumulou ganhos de 7,1% no contrato mais negociado, o julho/15.
"Um dos motivos foi a estimativa de uma trading que acredita que a safra 2015/16 será em torno de 47 milhões de sacas, ou seja, bem abaixo do USDA que falou acima de 50 milhões de sacas". O mercado absorveu esses números e realizou as correções que vem sendo registradas desde a semana anterior, explica Santaella.
Vale lembrar que amanhã (9), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza a divulgação de sua segunda estimativa para a safra 2015/16 e segundo Santaella, o mercado deverá absorver esses dados, por isso os produtores devem ficar atentos aos picos de preço e aproveitarem para fazer vendas escalonadas.
Mercado interno
No mercado interno, os operadores se voltam para a colheita do café no Brasil. De acordo com estimativa da Safras & Mercado, a colheita até a primeira semana de junho alcançou 20% da área total, um patamar muito próximo do registrado no mesmo período do ano passado.
No entanto, Santaella afirma que muitos produtores e agrônomos estão relatando que os trabalhos de campo estão atrasados em função da variação de produtividade no mesmo pé de café, "há muitos cafés na saia que ainda estão verdes, que nem maturaram ainda", declara.
Diante deste cenário, o analista considera que teremos uma safra com muitas irregularidades e com perda de qualidade do grão e que refletirão em uma diminuição de oferta e em valorização das cotações tanto no mercado interno quanto internacional.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 517,00 - estável. A variação mais expressiva ocorreu em Varginha-MG com R$ 470,00 a saca e queda de 4,08%.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 517,00 a saca - estável. A oscilação mais expressiva no dia foi na cidade de Poços de Caldas-MG com alta de 0,92% e saca cotada a R$ 441,00.
O tipo 6 duro teve maior valor na cidade de Franca-SP com R$ 480,00 - estável. A maior oscilação no dia foi registrada na cidade de Araguarí-MG onde a saca avançou 4,44%, para R$ 470,00.
Na sexta-feira (5), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou queda de 0,34% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 436,95.
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