Café: Após tentativa de recuperação, Bolsa de NY volta a cair nesta manhã de 3ª feira
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a cair nesta terça-feira (17). Ontem quando o mercado avançou quase 900 pontos parecia reagir ante as recentes perdas.
No início da sessão de hoje, os preços até estavam no campo positivo estendendo os ganhos com a ajuda da divulgação da Green Coffee Association (GCA) que informou que os estoques de café verde (em grão) dos Estados Unidos caíram 156.448 sacas de 60 kg em fevereiro para 5.151.552 sacas. Mas logo mudou a direção.
Por volta das 10h43, o vencimento maio/15 anotava 136,75 cents/lb com queda de 130 pontos, o julho/15 tinha 139,90 cents/lb com desvalorização de 145 pontos e o contrato setembro/15 registrava 142,90 cents/lb com 140 pontos de recuo.
Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, a bolsa opera em consolidação ao atual espaço de trabalho. E o mercado interno de café deve ter mais um dia lento e com preços buscando sustentação.
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Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: NY avança quase 900 pts nesta 2ª feira; analista acredita ser precipitado pensar em mudança de patamar
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com alta expressiva nesta segunda-feira (16). Na semana passada as cotações não tiveram nenhum pregão no campo positivo com as chuvas e a questão cambial pressionando o mercado.
No entanto, hoje o arábica disparou quase 900 pontos na bolsa norte-americana com a cobertura de posições vendidas de fundos e especuladores, estimulada pela queda do dólar contra o real e por fatores técnicos uma vez que não houve alteração no movimento de oferta e demanda da commodity, segundo informações de agências internacionais.
O contrato março/15 encerrou o dia com 134,90 cents/lb com 845 pontos de avanço, o maio/15 anotou 138,05 cents/lb com alta de 825 pontos, o julho/15 teve 141,35 cents/lb com valorização de 820 pontos e o contrato setembro/15 registrou 144,30 cents/lb com 815 pontos positivos.
Segundo o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, apesar da alta expressiva motivada por recompras ainda é cedo para acreditar em uma possível reversão dos patamares de preço. "O que vimos hoje foi basicamente um movimento técnico, provavalmente motivado pelo rompimento de alguma linha. A divulgação do CNC e da Procafé também pode ter impulsionado o mercado", afirma o analista.
Na quinta-feira passada (12), a Fundação Procafé em conjunto com o Conselho Nacional do Café (CNC) anunciaram que a safra brasileira de café deste ano deve ter produção entre 40,3 milhões e 43,25 milhões de sacas de 60 kg.
Os operadores na bolsa norte-americana, no entanto, costumam basear-se mais nas estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que em sua previsão mais recente não demonstrou os efeitos do veranico do início do ano nas lavouras e estimou em janeiro uma safra brasileira entre 44,11 milhões e 46,61 milhões de sacas de 60 kg nesta temporada.
O dólar que no decorrer de quase um mês vinha pressionando o mercado, nesta segunda-feira caiu ante o real após atingir máxima em quase 12 anos na semana passada com as incertezas na economia e política do Brasil. A moeda norte-americana recuou 0,14% e fechou cotada a 3,2445 reais na venda. O real menos valorizado que o dólar adiciona mais produto ao mercado internacional.
O clima que também estava alegrando os operadores começa a se normalizar. Mapas climáticos da Somar Meteorologia apontam que algumas áreas do cinturão produtivo de café deve receber chuvas com volumes e distribuição irregulares com o sistema chamado de Zona de Convergência do Atlântico Sul nos próximos dias. Entretanto, permanecem na Região por cerca de uma semana.
Mercado interno
Segundo Carvalhaes, o mercado interno continua na defensiva e apreensivo uma vez que os custos de produção só aumentam aqui no Brasil e os preços oscilaram pouco mesmo com a forte alta no terminal norte-americano.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 548,00 a saca e alta de 3,20%. A oscilação mais expressiva no dia foi em Poços de Caldas-MG com alta de 7,63% e saca cotada a R$ 508,00.
O tipo 4/5 também teve maior valor em Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 536,00 e valorização de 3,28%. A maior variação no dia ocorreu na cidade de Varginha-MG com alta de 8,79% com saca cotada a R$ 495,00.
Para o tipo 6 duro, a cidade com maior valor de negociação foi Araguarí-MG com R$ 500,00 a saca e alta de 4,17%. A oscilação mais expressiva no dia foi em Varginha-MG com valorização de 8,89% e saca cotada a R$ 90,00.
Na sexta-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 0,06% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 431,77.
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