Aproveitamento de resíduos e uso de tecnologias são valorizados nos confinamentos em GO e MG visitados pelo Confina Brasil

Publicado em 07/11/2022 10:43

A Scot Consultoria finalizou as atividades de campo do Confina Brasil 2022 e, nessa última semana de estrada, a expedição passou por 17 propriedades de Goiás e Minas Gerais, de 24 a 28 de outubro, coletando informações importantes sobre a pecuária intensiva. Duas equipes compostas por engenheiros agrônomos, médicos-veterinários e zootecnistas visitaram diferentes municípios dos dois estados e identificaram preocupação especial com a produção sustentável e o uso de tecnologias para melhorar a eficiência dos projetos de terminação.

Uma das primeiras visitas foi ao confinamento São Geraldo, do Grupo Valim, em Rio Verde (GO), que tem cinco propriedades de agricultura e pecuária. O melhoramento genético dos animais é uma das prioridades do grupo, que trabalha com as raças Angus e Nelore. “Eles utilizam animais de boa qualidade genética, priorizando a precocidade e a ótima conformação frigorífica”, informa Hugo Mello, engenheiro agrônomo e analista de mercado da Scot Consultoria.

Além disso, a propriedade realiza Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e, para dar descanso à pastagem, é feito o “sequestro” dos animais, levando-os ao cocho, para que no período das chuvas a pastagem consiga brotar com abundância.

A sustentabilidade é um dos principais focos de agricultores e pecuaristas do Brasil. Um exemplo visitado pelo Confina Brasil é a fazenda Primavera, de Hidrolândia (GO). Uma de suas iniciativas é a parceria com o Agro Visão para destinar 100% dos dejetos produzidos pelos animais à adubação das pastagens.

Hugo Mello explica que “a fazenda Primavera usa o boi como produtor de esterco e misturador do pó de rocha e do gesso, por meio do pisoteio natural que ele faz ao caminhar pelo ambiente. Para isso, os pecuaristas jogam o pó e o gesso antes da entrada dos animais no curral. Com esse projeto sustentável, há a produção de cerca de 5 mil toneladas de adubo por ano.”

Outra fazenda que dá grande valor ao pilar sustentabilidade é a Agropecuária Sete Léguas, em Rio Verde (GO). A propriedade investe em bovinos, aves e suínos e maneja todos os resíduos, como cama de frango e os dejetos dos animais, encaminhando-os à lagoa de decantação. Os resíduos passam por enriquecimento, principalmente de potássio, já que as fezes de suínos e a cama de frango possuem grande concentração de fósforo.

Todos os resíduos naturalmente produzidos pelos animais são reutilizados no momento do plantio de grãos e nas áreas de pastagens. Dessa forma, a propriedade reduz custos com fertilizantes, além de melhorar seus índices econômicos e de cuidar do meio ambiente, evitando sua contaminação.

O confinamento utiliza balança e tronco da Coimma – empresa líder no mercado de troncos e balanças para pecuária –, possui caminhão forrageiro da Casale e utiliza produtos nutricionais da Cargill Nutrição Animal (Nutron), todos patrocinadores “ouro” do confina Brasil.

Pecuária 4.0 – A tecnologia é a principal responsável pelo avanço da produtividade em diferentes áreas. Na pecuária, não é diferente. Cada vez mais empregada, a inovação colabora com a tomada de decisão do confinamento Agro Ávila, de Jandaia (GO). “Identificamos e utilizamos diversos dados que influenciam na correta tomada de decisão. É feita gestão em tempo real de todos os processos realizados, desde a limpeza dos bebedouros até o fornecimento da dieta. Para isso, são usados softwares próprios e de prestadores de serviços”, conta Hugo Mello, da Scot Consultoria.

O uso dessas tecnologias colabora com o sucesso do negócio. Nesse ano, o confinamento foi reconhecido pela qualidade de sua carne, com o prêmio “Carne Angus Certificada”. “O objetivo é a produção de animais F1 Angus. Todos são adquiridos em desmame, depois recriados a pasto, sequestrados na seca e terminados no confinamento”, completa Hugo.

A tecnologia em pesagem é destaque do confinamento Santa Fé, de Santa Helena de Goiás (GO). Para pesar os 40 mil bovinos terminados, a propriedade instalou mais de 200 balanças inteligentes no meio dos currais. Sempre que o animal se desloca para hidratação ou alimentação no cocho, automaticamente passa pela pesagem. Por dia, cada animal é pesado 12 vezes, em média, o que reduz a possibilidade de erro no processamento das informações.

Atualmente, está em andamento o desenvolvimento de um aplicativo que facilita o acesso às informações pelo pecuarista com boiada na propriedade (sistema boitel), como nota fiscal e saúde geral dos bovinos. Além disso, caminhões da Casale fazem parte da frota do confinamento.

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Fonte:
Confina Brasil

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