Com objetivo de competir com grandes exportadores, Paraguai procura abrir mercado de carne à China
O Paraguai pretende fazer exportações diretas de carnes para a China. Visando isso, a Câmara Paraguaia de Carnes instalará uma oficina comercial na China continental, anunciou na quarta-feira (12) o ministro da Indústria e Comércio, Gustavo Leite, em companhia de Korni Pauls, membro da Câmara.
Uma vez que o Paraguai não possui relações diplomáticas com a China, o país tentará, primeiramente, vender por meio do setor privado, para o grande mercado da China Popular. Esta ação vem impulsionada por uma proposta do Presidente da República, Horacio Cartes.
A oficina comercial, que será privada, deverá ser instalada em fevereiro de 2017. De acordo com Pauls, o plano é começar a explorar este mercado que é "muito apetitoso para os envios de carne, tanto em volume quando em preço". O objetivo é competir com os grandes exportadores de carne, que são Austrália, Brasil, Uruguai, Nova Zelândia e Argentina, que já estão estabelecidos no mercado.
A meta dos paraguaios é conseguir a abertura deste destino dentro de quatro a cinco anos, mas este fator dependerá do setor político e das questões sanitárias.
"Na próxima semana se espera a abertura de Hong Kong para a carne e isso poderá servir como base para as documentações técnicas e sanitárias para a China", disse Pauls. Segundo os dados, toda a produção de carne do Paraguai não chegaria a cobrir nem 5% do consumo da China.
Paralelamente, o ministro de Indústria e Comércio comentou que o Paraguai seguirá trabalhando com Taiwan para conseguir aumentar ou liberar a cota de exportações de carne bovina, que atualmente é de 3.552 toneladas ao ano.
"Creio que para a bagagem histórica que o Paraguai tem com Taiwan, é um despropósito que tenhamos uma cota para vender carne ao país. Nós merecemos mais, porque temos mostrado que somos um aliado confiável. O Paraguai caminha para ter livre acesso a este mercado", disse.
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