Exportações do agronegócio do RS crescem 47,2% em março
Março registra um novo aumento nas exportações gaúchas provenientes do agronegócio. No total, foram comercializados US$ 737 milhões, o que representa um crescimento de 47,2% no valor e 78% no volume na comparação com fevereiro de 2017. Os dados foram divulgados no Relatório de Comércio Exterior do Agronegócio do RS, da Assessoria Econômica do Sistema Farsul.
O Complexo Soja apresentou grande recuperação, registrando 329%. Apesar do momento turbulento, o Grupo Carnes também apresentou uma alta de 5,8%, tendo como principal responsável a carne suína (21%). O resultado poderia ser ainda melhor. As exportações de carnes iniciaram o ano com bastante força, totalizando US$ 305 milhões em janeiro e fevereiro, valor 29,89% maior do que no mesmo período de 2016. Com a Operação Carne Fraca, a assessoria econômica do Sistema Farsul estima uma queda de US$ 30 milhões nas exportações de março, equivalente a - 6%.
O milho também teve resultado positivo, com 602% de aumento. Um salto de US$ 3,2 milhões para US$ 22,6 milhões o que puxou um crescimento de 14% no Grupo Cereais. Os grupos Fumo e Produtos Florestais foram os que apresentaram queda de 29% e 12% respectivamente.
Na comparação com março de 2016, foi registrada alta de 5,7%, o que representa um aumento de US$ 39,8 milhões. As exportações de soja atingiram 99%. Carnes cresceram 11% no valor exportado, apesar da queda no volume. Cereais (-44%), Fumo (-49%) e Produtos Florestais (-44%) impediram um melhor resultado. As exportações do agronegócio representaram 56,3% do total comercializado pelo Rio Grande do Sul no último mês.
No primeiro trimestre de 2017, o setor exportou US$ 1,928 bilhão, um aumento de 11,3% na comparação com o mesmo período de 2016. Soja (102%) e carnes (22%) são diretamente responsáveis pelo aumento. Somados, representam um aumento de US$ 395 milhões em vendas ao exterior. A China se mantém como principal comprador do produto gaúcho, com 27% do valor exportado. Março teve a Rússia como segundo destino, com 4,68%, e em terceiro a Coréia do Sul, com 4,41%.
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