Índice de Preços ao Produtor (IPP) varia 0,68% em julho, aponta IBGE
Em julho de 2015, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou, em média, 0,68% quando comparado ao mês anterior, número superior ao observado em junho (0,34%). O acumulado em 2015 atingiu 3,67%, contra 2,97% em junho. Na comparação com julho de 2014 (acumulado em 12 meses), os preços aumentaram 7,62%, contra 6,60% em junho.
O IPP mede a evolução dos preços de produtos 'na porta de fábrica', sem impostos e fretes, de 23 setores das indústrias de transformação.
16 das 23 atividades pesquisadas apresentam alta de preços
Em julho de 2015, na comparação contra o mês anterior, 16 das 23 atividades apresentaram variações positivas de preços, contra 15 do mês anterior. As quatro maiores variações observadas em julho se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: fumo (2,63%), outros equipamentos de transporte (2,40%), calçados e artigos de couro (1,64%) e borracha e plástico (1,47%). Em termos de influência, sobressaíram alimentos (0,23 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,15 p.p.), outros equipamentos de transporte (0,06 p.p.) e borracha e plástico (0,05 p.p.).
Já o indicador acumulado no ano atingiu 3,67%, contra 2,97% em junho/15. Entre as atividades que, em julho/15, tiveram as maiores variações percentuais no acumulado no ano sobressaíram: outros equipamentos de transporte (16,58%), fumo (15,00%), papel e celulose (12,58%) e madeira (9,58%). Já em termos de influência, os setores em destaque foram: outros produtos químicos (0,83 p.p.), alimentos (0,46 p.p.), papel e celulose (0,44 p.p.) e veículos automotores (0,40 p.p.).
No acumulado em 12 meses, a variação de preços ocorrida foi de 7,62%, contra 6,60% em junho. As quatro maiores variações de preços ocorreram em outros equipamentos de transporte (30,43%), fumo (29,01%), papel e celulose (22,26%) e madeira (20,56%). As principais influências vieram de alimentos (1,26 p.p.), outros produtos químicos (1,19 p.p.), veículos automotores (0,92 p.p.) e papel e celulose (0,75 p.p.).
Alimentos: em julho, os preços do setor variaram em média 1,17%, maior taxa desde março (1,70%). Com isso, os produtos alimentares acumularam, no ano, 2,33% de aumento e, em 12 meses, a variação foi de 6,41%, maior resultado desde junho de 2014 (6,56%). Os produtos de maior influência foram 'resíduos da extração de soja', 'carnes de bovinos frescas ou refrigeradas', 'sucos concentrados de laranja' e 'rações e suplementos para animais'. No caso dos derivados de soja, além do câmbio, a entressafra e as condições climáticas adversas dos EUA influenciaram nesse aumento. Vale dizer que a soja é uma das matérias-primas de 'rações e suplementos para animais', que, como se viu, figura entre as maiores influências do mês. O preço de carnes, por sua vez, tem sido influenciado pela recente normalização das exportações para a China. Os quatro produtos de maior influência responderam por 0,93 p.p. na variação de 1,17%.
Papel e celulose: o setor apresentou um aumento de 1,18% em julho, acumulando 12,58% de aumento ao longo de 2015 e 22,26% na comparação com julho de 2014. Comparado com o índice de junho (2,74%), o de julho caiu 1,56 p.p. Os quatro produtos de maior influência foram 'celulose', 'papel kraft para embalagem não revestido', 'papel para escrita, impressão e outros usos gráficos, não revestidos de matéria inorgânica' (com variação positiva) e 'caixas e cartonagens dobráveis de papel-cartão ou cartolina' (com variação negativa), que responderam por 1,17 p.p dos 1,18%
Refino de petróleo e produtos de álcool: em julho, o setor apresentou aumento de 1,43%, acumulando queda de 1,22% no ano, e aumento de 1,42% em 12 meses. Os produtos em destaque em julho, tanto em termos de variação quanto de influência, são todos derivados de petróleo e juntos responderam por 1,42 p.p. no resultado de 1,43%.
Outros produtos químicos: a indústria química registrou em julho de 2015 uma variação positiva de preços de 0,34%, o que gerou um acumulado no ano de 7,74% (maior taxa neste tipo de comparação em toda série do IPP) e de 11,02% na comparação com o mesmo mês de 2014. O cenário da indústria química dos produtos petroquímicos básicos e intermediários para plastificantes, resinas e fibras é ligado aos valores internacionais e aos preços da nafta, produto com sensível queda de preços entre dezembro de 2014 e março de 2015, mas com recuperação de preços nos últimos quatro meses. Em relação à influência, no mês contra mês anterior, aparecem em destaque 'adubos ou fertilizantes à base de NPK', 'etileno (eteno) não-saturado' e 'borracha de estireno-butadieno', com resultados positivos, e 'propeno (propileno) não-saturado', com resultado negativo. Os quatro produtos de maior influência na atividade representaram 0,79 p.p. no resultado de 0,34%; ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com -0,45 p.p.
Borracha e plástico: os preços do setor, quando comparados aos de junho, variaram 1,47%, maior taxa observada desde janeiro de 2014 (1,66%). O acumulado no ano atingiu 4,44%, novamente o maior resultado desde dezembro de 2013 (4,49%). Em 12 meses, o setor acumulou variação de 3,97%, a maior desde maio de 2014 (4,32%). Em termos de influência, destacam-se 'pneumáticos novos para caminhões e ônibus', 'conexões e acessórios de plástico para tubos', 'filmes de material plástico (inclusive BOPP)' e 'tubos, canos e mangueiras de plástico, exceto flexíveis', contribuindo com 1,13 p.p. dos 1,47%.
Veículos automotores: nesse setor, o resultado positivo de julho contra junho (0,27%), praticamente anula o negativo de junho contra maio (-0,25%). Assim, as taxas acumuladas no ano e em 12 meses ficaram em 3,60% e 8,33%, respectivamente, muito próximas aos resultados de maio. Os quatro produtos de maior influência foram 'peças para motor de veículos automotores', 'carrocerias para ônibus', 'caminhão-trator para reboques e semi-reboques' e 'caixas de marcha para veículos automotores', que somaram uma influência de 0,23 p.p. no resultado de 0,27%.
Outros equipamentos de transporte: em julho de 2015, os preços do setor apresentaram variação positiva de 2,40% em relação ao mês anterior. O resultado nesse indicador é ligado à variação da taxa de câmbio (R$/US$), tanto que, no acumulado do ano, houve uma variação de preços de 16,58% — contra uma variação cambial de 22,1% — e, nos últimos 12 meses, de 30,43% — contra uma variação cambial de 44,9%.
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