Investigação sobre mormo (doença equina) no Complexo Militar de Deodoro (RJ) onde ocorrerão provas de hipismo da Olimpíadas
A respeito das investigações relacionadas à eventual contaminação de cavalos por mormo no Complexo Militar de Deodoro, no Rio de Janeiro, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) esclarece que as instalações onde ocorrerão as provas de hipismo dos Jogos Olímpicos no próximo ano, assim como o evento teste que será realizado em agosto de 2015, estão sob total vazio sanitário e rigorosos cuidados de biossegurança.
O Mapa está desenvolvendo um conjunto de atividades para salvaguardar a sanidade dos equinos que estarão nas competições olímpicas, em Deodoro. No local das provas, o vazio sanitário - período em que o estabelecimento permanece totalmente desocupado – ocorre desde abril deste ano.
O Serviço Veterinário Oficial está desenvolvendo um estudo soroepidemiológico no entorno da Escola de Equitação do Exército, devido ao histórico de movimentação de um animal que foi diagnosticado com mormo, em abril deste ano, no Espírito Santo. Este animal, que já foi sacrificado, esteve no Setor 4 do Complexo Militar de Deodoro de fevereiro a novembro de 2014.
O Mapa realizou testes Fixação de Complemento (FC) e Western Blotting (WB) em 141 animais alojados no Setor 4 que poderiam ter tido contato com o cavalo infectado. O laudo oficial emitido pelo Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) apontou um resultado positivo e um inconclusivo na prova de WB. Estes cavalos foram retirados do convívio dos demais e levados para local isolado sob supervisão oficial para coleta de material, levantamento de dados e posterior sacrifício do animal doente.
Diante disso, o Mapa, com a Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária do Rio de Janeiro (SEAPEC/RJ) e o Exército Brasileiro, está realizando inspeção clínica permanente e testes laboratoriais em aproximadamente 584 animais no Complexo Militar de Deodoro, que inclui cavalos não só do exército, como de outros proprietários.
Todos os 584 cavalos passarão por três baterias de testes, que devem ser realizadas com intervalos de 21 a 30 dias. Por isso, a conclusão está prevista para outubro. Os testes laboratoriais utilizados para o diagnóstico da doença são os recomendados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Segundo a legislação brasileira e recomendações internacionais, equinos, asininos e muares acometidos por mormo devem obrigatoriamente ser sacrificados por se tratar de uma doença incurável.
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