Fruticultura procura caminho para se consolidar
Para o engenheiro agrônomo do MT Legal, Antonimar Marinho, a regionalização é o melhor caminho para desenvolver a fruticultura em Mato Grosso. Ele diz que a implantação das agroindústrias é a parte mais difícil da cadeia produtiva. "Nestes municípios onde as indústrias foram implantadas, fica mais fácil incentivar a produção". Na opinião de Marinho, nestas regiões só falta organizar os produtores e garantir o fornecimento de matéria prima durante o ano inteiro.
Cada passo, por menor que seja, é um avanço na caminhada da implantação da atividade no Estado. Desde 1996, quando surgiu a Sociedade Mato-grossense de Fruticultura, muitos seminários, workshops, cursos e projetos foram realizados. Em Cuiabá a inauguração da Central de Comercialização da Produção da Agricultura Familiar da Baixada Cuiabana foi uma das mais importantes conquistas.
O presidente da Sociedade Mato-grossense de Fruticultura, Duílio Maiolino, explica que antes da Central os produtores reclamavam que não havia onde e nem para quem vender a produção. "Era um ciclo vicioso. Não produzia porque não tinha onde vender e não se construía um local para negociar os produtos porque não havia produção. A Central é mais um elo importante da cadeia produtiva da fruticultura".
Para Duílio, o cultivo de frutas é uma forma de diversificar as atividades da agricultura familiar. E com isso a fruticultura ganha mais dois aliados no Estado. O presidente diz que o esforço do secretário de Estado de Desenvolvimento Rural, Jilson Francisco da Silva e do superintendente do MT Rural, Renaldo Loff (mais conhecido como Alemão), estão sendo primordiais para desenvolver a atividade em muitos municípios mato-grossenses. "Só vamos conseguir solidificar a fruticultura em Mato Grosso com a união e o apoio de todos".
Duílio e Antonimar ressaltam a necessidade de organização dos fruticultores para abastecer as indústrias já instaladas no Estado e, principalmente, a Central de Abastecimento em Cuiabá. "Nenhuma das indústrias está trabalhando com a capacidade máxima de produção, porque não há matéria prima para processar. Mas eu acredito que vamos solucionar este problema já nos próximos anos", aposta Antonimar.
Pelo menos 67% das frutas vendidas no Mato Grosso são oriundas de outros Estados. De acordo com o agrônomo, são gastos cerca de R$ 300 milhões por ano para adquirir estas frutas. "Se produzirmos para abastecer nosso mercado, vamos ter o ICMS sobre esse valor girando aqui dentro e várias outras vantagens". A participação do mercado mato-grossense na fruticultura brasileira não chega a 1%.
1 comentário
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Jocelino ribeiro da silva Aguas Belas - PE
isso é uma ótima oportunidade de renda familiar em nosso estado, deve ser mais divulgado!