Ações europeias caem com salto de rendimentos de títulos por temores com juros e tarifas
Por Nikhil Sharma e Shashwat Chauhan
(Reuters) - As ações europeias caíram nesta quarta-feira, com os rendimentos dos títulos em alta depois que investidores precificaram menos cortes nas taxas de juros na Europa e nos Estados Unidos este ano, enquanto preocupações com novas tarifas sob a Presidência de Donald Trump também pesaram sobre o humor do mercado.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,19%, a 513,67 pontos, com a maioria das bolsas regionais também no território negativo.
Os rendimentos dos títulos públicos europeus subiam, com os das notas alemãs de referência de dez anos atingindo seu nível mais alto em mais de cinco meses, refletindo uma alta nos rendimentos dos Treasuries. [GVD/EUR]
Os títulos do governo britânico sofreram uma queda ainda maior, levando os rendimentos de 30 anos a um novo recorde de 26 anos, em um movimento que aumentará a pressão sobre as finanças do governo.
Dados divulgados na terça-feira mostraram que a inflação da zona do euro acelerou em dezembro, levando investidores a reduzir as expectativas de cortes nos juros do Banco Central Europeu (BCE) no ano, embora tenham mantido as apostas de um corte de 25 pontos-base nos juros em janeiro e março.
Enquanto isso, Trump está considerando declarar uma emergência econômica nacional para fornecer justificativa legal para uma série de tarifas universais sobre importações de aliados e adversários, noticiou a CNN, citando fontes familiarizadas com o assunto.
"Quando se trata de uma economia como a dos Estados Unidos, usar uma linguagem como essa é inquietante", disse Danni Hewson, chefe de análise financeira da AJ Bell.
"Essas tarifas causarão sofrimento à Europa e à economia global. Isso causará atrito comercial e será inflacionário nos Estados Unidos, mas também potencialmente inflacionário em toda a Europa".
Os rendimentos dos títulos públicos subiram nos últimos dias, depois que dados econômicos positivos nos EUA aumentaram preocupações de que o Federal Reserve diminuirá o ritmo de flexibilização de sua política monetária.
As ações do setor de varejo foram uma das mais combalidas na Europa, em baixa de 1,8%, enquanto as do setor de saúde, geralmente consideradas uma aposta mais segura em tempos de incerteza, subiram 0,8%.
Em LONDRES, o índice Financial Times teve variação positiva de 0,07%, a 8.251,03 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX teve variação negativa de 0,05%, a 20.329,94 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,49%, a 7.452,42 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,49%, a 35.108,74 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,12%, a 11.798,10 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,46%, a 6.371,45 pontos.
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