Após últimas perdas fortes, milho fica estável na B3 e Brandalizze vê "tentativa de reação"
A terça-feira (27) chega ao final com os preços futuros do milho se movimentando pouco na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram em campo misto e ficaram na faixa entre R$ 58,90 e R$ 61,08.
O vencimento março/24 foi cotado à R$ 61,08 com alta de 0,13%, o maio/24 valeu R$ 58,90 com baixa de 0,17%, o julho/24 foi negociado por R$ 59,01 com elevação de 0,19% e o setembro/24 teve valor de R$ 60,18 com perda de 0,53%.
Para o Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a Bolsa Brasileira tenta se segurar na faixa dos R$ 60,00 e avançar um pouco suas posições.
“Tem uns meses que está um pouco abaixo, mas olhando que ficou barato. Já não tem pressão de venda de produtor, de movimento para entregar físico, ninguém está querendo vender para entregar físico nessa condição. O mercado está começando a querer dar uma giradinha no milho e isso é uma boa notícia porque o milho vinha caindo constantemente e agora parece que está começando a buscar uma estabilidade para tentar uma reação”, diz Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho recuou neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização apenas em São Gabriel do Oeste/MS. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Dourados/MS, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
A análise da SAFRAS & Mercado aponta que, o mercado brasileiro de milho iniciou a semana com negócios travados. “Os compradores e vendedores devem seguir com impasse nos preços, impedindo um avanço significativo na comercialização do cereal”.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro se mantiveram no campo positivo da Bolsa de Chicago (CBOT) ao longo de todo o pregão desta terça-feira.
O vencimento março/24 foi cotado à US$ 4,08 com alta de 1,25 pontos, o maio/24 valeu US$ 4,23 com elevação de 2,00 pontos, o julho/24 com ganho de 2,25 pontos e o setembro/24 teve valor de US$ 4,46 com valorização de 3,25 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (26), de 0,25% para o março/24, de 0,48% para o maio/24, de 0,69% para o julho/24 e de 0,68% para o setembro/24.
Brandalizze destaca que a suspensão das exportações de gasolina por parte da Rússia acabou valorizando o etanol, que nos Estados Unidos é o responsável por grande parte da demanda por milho.
“Ontem o mercado americano chegou a trabalhar abaixo de US$ 4,00 o bushel e isso inviabiliza a safra americana. Então o milho está muito barato, isso favorece a produção de etanol e o etanol está se valorizando agora com essa situação da gasolina e cria um ambiente favorável. Talvez o milho bateu o fundo do poço com esses US$ 4,00 e agora pode recuperar um pouco o fôlego e bater os US$ 4,50”, explica o analista.
0 comentário
Preço do milho segue o dólar e fecha segunda-feira recuando na B3
Exportação de milho do Brasil segue atrás de 2023, mas Brandalizze vê bons volumes acumulados
Importações de milho pela China despencam em 2024
Milho segue a soja e abre a 2ªfeira levemente recuando em Chicago
Radar Investimentos: Colheita do milho nos EUA atingiu 95% no último domingo (17)
Milho/Cepea: Retração compradora limita alta de preços