Soja tem menores preços em três anos na Bolsa de Chicago e vencimento março opera abaixo dos US$ 11,40
O mercado da soja voltou a recuar forte na Bolsa de Chicago na tarde desta sexta-feira (23), com perdas de 5 a 9,75 pontos entre os contratos mais negociados na Bolsa de Chicago. Perto de 13h55 (horário de Brasília), o março já perdia os US$ 11,40 e operava com US$ 11,38 por bushel. O maio tinha US$ 11,45.
"Os futuros da soja na CBOT caminham para encerrar a semana com queda de 20 centavos por bushel, renovando suas mínimas de dezembro de 2020. Foram 12 quedas em 14 semanas", afirmam os analistas da Agrinvest Commodities.
A pressão sobre os preços continua, com os traders trabalhando cenários já conhecidos. Ontem, os futuros da oleaginosa testaram suas mínimas desde dezembro de 2020, mais uma vez, e o quadro permanece bastante crítico. Assim, os pequenos ganhos da manhã de hoje trazem apenas um respiro.
A pressão sobre os preços continua, com os traders trabalhando cenários já conhecidos e o quadro permanece bastante crítico. Assim, os pequenos ganhos que se registram vez ou outra são apenas, ainda como explicam analistas e consultores de mercado, pequenas realizações de lucros e movimentações técnicas.
As vendas norte-americanas de soja para exportação da safra 2023/24 dos EUA, na semana encerrada em 15 de fevereiro, vieram bem fracas e abaixo das expectativas do mercado. Segundo números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), foram vendidas apenas 55,9 mil toneladas da oleaginosa - o menor volume da temporada -, enquanto o intervalo esperado pelo mercado variava de 300 mil a 500 mil toneladas. Em relação à semana anterior, que já foi fraca, a baixa é de 84% e de 71% se comparado à média das últimas quatro. O Japão foi o principal destino da soja dos EUA.
Em todo ano comercial, as vendas do país para exportação alcançam 38,863,8 milhões de toneladas, contra mais de 48 milhões do mesmo período do ano passado. O USDA estima que as exportações totais dos americanos sejam de 48,81 milhões de toneladas.
Mais do que isso, navios com soja no Brasil começaram a ser nomeados para os EUA e contribuem para a pressão na CBOT. "No começo do mês, tradings venderam três navios de soja para a Perdue, uma processadora americana localizada na costa do Atlântico. Os navios começaram a ser nomeados. Nas nomeações também começaram a aparecer outros compradores com destino para os EUA. Além disso, há rumodres de mais compras", afirma o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.
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