Soja recua em Chicago nesta 2ª feira, com fundos vendidos e apesar de clima adverso na Argentina

Publicado em 29/01/2024 07:05

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A semana começa com pressão ainda sobre os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago. Perto de 6h55 (horário de Brasília), as posições mais negociadas perdiam entre 7,75 e 10,25 pontos nos principais vencimentos, levando o março a US$ 11,99 e o maio a US$ 12,07 por bushel. Os futuros do farelo e do óleo também cedem na CBOT neste início de semana. 

"Os fundos continuam extremamente vendidos em CBOT,  em todas as  commodities agrícolas", afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. "No geral, estão vendidos 486 mil contratos (entre soja, farelo, óleo, milho e trigo). Pelo números de contratos em aberto, podemos analisar que os fundos estão apostando numa safra de soja muito boa para a América do Sul e uma demanda limitada, onde a China tem manifestado que pretende importar, no geral, algo como 100 milhões de toneladas de soja, entre Brasil, Estados Unidos Argentina, Paraguai e outros".

Apesar deste posicionamento, o mercado segue de olho no clima ainda adverso na América do Sul, em especial à Argentina, que registrou mais um final de semana de tempo quente e seco, como mostravam as previsões. E os modelos seguem indicando a manutenção destas condições para os próximos sete dias. 

"O modelo GFS desta noite indica clima seco para a Argentina, RS e Paraguai para os próximos 7 dias. Parte das províncias da Argentina, já começam mostrar uma certa deficiência Hídrica, como é o caso da província de Buenos Aires e o Sul de Santa Fé. Aqui no Brasil o RS e SC mostram boa reserva Hídrica, já o PR tem deficiência no centro e norte do Estado, ainda precisamos de chuvas para fechar o ciclo", complementa Sousa.

O diretor da Labhoro informa também que, "técnica e psicologicamente, a soja tem um grande suporte para o contrato Março nos US$ 12,00 e uma grande resistência nos US$ 12,50. Os fundos extremamente vendidos vão defender suas posições a todo custo, mas é bom ficar de olho, pois se as chuvas na Argentina não vierem logo, com o plantio já concluído e as lavouras entrando em ciclos cada vez mais importantes, os mesmos podem ter cobrir posições e com isso, se virem forçados a puxar os preços para cima em CBOT. Vão brigar muito, para não deixar os preços subirem".

Veja como fechou o mercado na última semana:

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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