Soja intensifica perdas em Chicago nesta 2ª, contrato março perde os US$ 12,50 e já mira os US$ 12
O mercado da soja segue operando do lado negativo da tabela, porém, vai intensificando suas perdas e o contrato março já perdeu os US$ 12,50 por bushel na Bolsa de Chicago. Perto de 13h55 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 12 e 16,50 pontos, com o março sendo a US$ 12,41 e o maio a US$ 12,50 por bushel. "Agora, o novo objetivo é os US$ 12,00. E, tecnicamente, US$ 12,00 é um bom suporte", explicou o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
À espera dos novos números que serão reportados nos próximos dias - Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) no dia 10 e USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no dia 12 - os traders mantendo o mercado lateralizado, principalmente ao esperarem conhecer o tamanho real da safra 2023/24 do Brasil.
Os analistas e consultores de mercado ainda citam as condições de clima melhores na América do Sul, com boas perspectivas para a temporada da Argentina, ao passo em que no Brasil novos sinais de alerta se acendem.
"O final de semana foi de tempo seco no Sul do Brasil - que já não recebe chuvas há uma semana. Além disso, o Centro-Oeste, mais especificamente o MS, também não recebe chuvas há pelo menos 4 dias e enfrenta altas temperaturas. A Argentina pelo contrário, tem recebido muito boas chuvas em suas principais províncias e a área de soja já alcança 90 % de plantio, estando em excelente estado até o presente momento", afirma o diretor geral do Grupo Labhoro.
Na sequência, as previsões já indicam alguma melhora para os próximos 10 dias, com precipitações melhores para MT,SP, MG,GO, BA TO,MA e PI, ainda segundo as informações do Grupo Labhoro. "Já do MS para baixo, as previsões indicam chuvas moderadas, incluindo PR e SC, enquanto o RS deve receber um bom volume de chuvas, juntamente com a Argentina. Já o Paraguai deve receber chuvas moderadas", complementa Sousa.
Na análise da Agrinvest Commodities, o mercado da soja em grão, com estas novas baixas e deixando para trás os US$ 12,50, fica agora "um espaço aberto para a mínima de maio, na casa dos US$ 11,80". A consultoria afirma ainda que, além das questões climáticas da América do Sul, pesam também sobre o mercado o comportamento dos fundos investidores, a Sinograin deixando de comprar neste momento soja dos EUA e uma janela de cobertura da china já bem avançada para fevereiro e março.
Todavia, os especialistas da Agrinvest complementam dizendo que há alguns fatores que ainda não estão no preço, como o tempo quente e seco no Paraná e Mato Grosso do Sul, com registros de alguns locais que já sofrem há mais de 20 dias sem chuvas e o "farmer selling atrasado no Brasil e a rentabilidade perto do breakeven em Mato Grosso".
0 comentário
Pátria: Plantio da soja 2024/25 chega a 83,29% da área
Soja tem cenário de sustentação em Chicago agora, principalmente por força da demanda
USDA informa novas vendas de soja nesta 6ª feira, enquanto prêmios cedem no Brasil
Soja opera estável nesta 6ª em Chicago, mas com três primeiros vencimentos abaixo dos US$ 10/bu
Soja volta a perder os US$ 10 em Chicago com foco no potencial de safra da América do Sul
USDA informa nova venda de soja - para China e demaisa destinos - e farelo nesta 5ª feira