Soja dá sequência às baixas em Chicago nesta 6ª e acumula três semanas consecutivas de perdas
As baixas continuam para os preços da soja na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira (5), porém, de forma bastante contida. Na manhã de hoje, por volta de 6h40 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa perdiam de 0,75 a 3 pontos nos principais vencimentos, com o março sendo cotado a US$ 12,65 e o maio a US$ 12,73 por bushel.
O mercado dá sequência ao movimento de perdas, segundo analistas e consultores, combinando ainda os reflexos de condições melhores de clima na América do Sul, com boas chuvas chegando ao Brasil - embora tarde para algumas regiões -, de expectativas boas para a nova safra da Argentina e da demanda um pouco mais ausente por parte da China desde um pouco antes do Natal de 2023.
"Entre os fundamentos ainda não há nada novo que pudesse puxar os preços para cima", explicou o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. Ele complementa dizendo ainda que o mercado já precificou uma safra acima de 150 milhões de toneladas no Brasil e apenas um número abaixo disso sendo apontado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) ou pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados UNidos) na próxima semana. Todavia, não vê que qualquer um dos órgãos possa deva fazê-lo.
O Grupo Labhoro estima uma safra de 145 a 147 milhões de toneladas de soja no Brasil.
O mercado acumula três baixas consecutivas de preços em queda na CBOT e vai se ajustando para receber os novos relatórios que chegam na próxima semana.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
1 comentário
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JOSÉ DONIZETI PITOLI CORNÉLIO PROCÓPIO - PR
Um olho no céu, outro na roça.
As notícias de previsão de chuvas tem causado verdadeiro alvoroço, tamanha é a expectativa e a ansiedade que a água desça do céu. Os analistas e especuladores de plantão, produzem safra, safrinha e um safrão de soja. Estão errados? Talvez ! ..... O fato é que não podemos negar a realidade que nas terras brasileiras temos um oceano de soja sendo cultivada, e não é por menos que nossas estimativas iniciais de produção indicavam que o Brasil colheria 152 a 160 milhões de toneladas de soja. Porém, a situação tem sido outra desde o início do plantio. Com chuvas irregulares de norte a sul do país, as lavouras foram plantadas na medida das possibilidades, de forma capenga, no linguajar da roça. Assim, temos em todas as regiões e sem exceção lavouras nas mais diversas fases de desenvolvimento, e nos mais variados stands de produtividade. Ou seja, na mesma propriedade é possível encontrar quadros de lavoura ainda em desenvolvimento e floração; outras em formação e enchimento de grãos; outras ainda em início de maturação; áreas já sendo colhidas; e também áreas que sequer puderam ser plantadas. A verdade é que esse oceano brasileiro de soja está sendo assolado por um "tsunami seco" de sol e calor excessivo. Tamanha conjunção de fatores (plantio irregular, sol e calor excessivo), foi vivida (para quem tiver boa memória) na safra 2003/2004. O resultado foi uma verdadeira catástrofe, donde se seguiu uma avalanche de dificuldades, amparada por uma securitização dos débitos, que ainda hoje restam parcelas pendentes. Porque repuxar a memória de fatos tão tristes? Pelo motivo que estamos prestes a enfrentar dentro em breve, os mesmos problemas. Deus permita que desta vez as coisas sejam diferente, mas as incertezas que se apresentam para o futuro prenunciam grandes dificuldades para o agronegócio brasileiro. Analistas criticam os produtores porque nesta safra comprometeram através de contratos futuros, o menor volume dos últimos 05 (cinco) anos. Ainda bem! Pois, como será o comportamento das empresas ao ver que muitos de seus contratos poderão não ser cumpridos na totalidade porque o produtor não obteve a produtividade esperada, ou média dos últimos anos. Na avaliação, utilizar como parâmetro a média regional será difícil em vista da desigualdade dos quadros de lavouras. Nossa safra ainda é uma incógnita. Talvez, na semana que vem, com o corpo de técnicos das empresas, cooperativas e indústria em campo, realizando uma minuciosa vistoria e avaliação possa ajustar numa nova estimativa. É certo que a safra brasileira de soja será bem abaixo dos números atuais. É certo também, que os preços de mercado na colheita, serão freados para que as empresas recebam a totalidade dos contratos celebrados, depois prevalecerá à lei da oferta e demanda. Pé no chão, olho no céu, oração .....! Aqui, estamos agora com céu de brigadeiro (limpo, sem nuvens), mas estamos cada dia mais próximos das chuvas.Parabéns pelo comentário Sr. José Pitoli , coerente , acertivo, e acima de tudo embasado na realidade dos campos brasileiros..., pessoas como o Sr. Deveria opinar mais vezes...., com conhecimento e muita Sabedoria.., somos produtores, sabemos o quanto é difícil estar neste lado do Segmento.., tenha um bom Diaa...
Sr. Pitoli o povo que compra torce pra nós irmos rio abaixo sabem da realidade mas com aval de muitos interessados mascaram tudo, como sabem que agricultor não é bandido fazem o wue bem entendem.