Milho sobe beirando os R$ 76,00 na B3 e Brandalizze enxerga possibilidade dos R$ 80,00
A terça-feira (02) chega ao final com os preços futuros do milho se sustentando no campo positivo da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 71,89 e R$ 75,90.
O vencimento janeiro/24 foi cotado à R$ 71,89 com alta de 1,04%, o março/24 valeu R$ 75,90 com valorização de 1,07%, o maio/24 foi negociado por R$ 75,25 com ganho de 1,01% e o julho/24 teve valor de R$ 73,43 com elevação de 0,04%.
De acordo com o Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o que segurou a B3 foram as movimentações cambiais, com o dólar subindo ante ao real e ajudando as exportações, que devem fechar o balanço de 2023 acumulando recorde histórico.
“A recomendação é que B3 acima de R$ 78,00 é boa posição para se garantir e há chances de R$ 80,00 em alguns momentos que vão passar lá na frente”, destaca Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve movimentações positivas neste primeiro dia útil de 2024. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não identificou nenhuma desvalorização e percebeu valorizações nas praças de Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Itapetininga/SP e Campinas/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
Ainda nesta terça-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os preços do milho iniciaram 2023 em patamares firmes, sustentados pelo menor estoque de passagem e por preocupações com o clima no Sul do País, que já vinha prejudicando a primeira safra do cereal.
“Porém, apesar de um cultivo mais tardio na segunda safra, pesquisadores do Cepea indicam que o clima favoreceu o desenvolvimento das lavouras, resultando em oferta recorde no agregado do ano-safra. Com isso, de abril a junho, levantamento do Cepea mostra que as cotações recuaram com força, mas, no trimestre seguinte, se mantiveram estáveis. Somente a partir de setembro que, com o ritmo acelerado das exportações e com agentes preocupados com a safra de 2024, os preços do milho registraram reações, e uma parte das perdas do ano foi recuperada”.
Mercado Externo
Já na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro fecharam o primeiro pregão de 2024 contabilizando movimentações negativas.
O vencimento março/24 foi cotado à US$ 4,63 com desvalorização de 7,50 pontos, o maio/24 valeu US$ 4,77 com queda de 7,00 pontos, o julho/24 foi negociado por US$ 4,87 com perda de 6,25 pontos e o setembro/24 teve valor de US$ 4,91 com baixa de 5,50 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (29), de 1,70% para o março/24, de 1,45% para o maio/24, de 1,42% para o julho/24 e de 1,21% para o setembro/24.
Segundo informações da Agrinvest, o milho e o trigo haviam subido no início da semana anterior diante das preocupações com os novos ataques na região portuária de Odessa e por uma explosão que acabou danificando um navio russo na região da Crimeira.
“Com o alívio dessas tensões, que parecem ter sido passageiras e não afetaram a navegação no Mar Negro, associadas a forte alta do dólar contra moedas emergentes, os futuros recuaram”, explica a consultoria.
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