China e Europa devem trabalhar juntas para intensificar laços comerciais, diz chanceler chinês

Publicado em 24/11/2023 12:02 e atualizado em 24/11/2023 13:00

Logotipo Reuters

Por Laurie Chen e John Irish

PEQUIM/PARIS (Reuters) - A Europa não deve ter medo de trabalhar com a China por causa da concorrência, e os dois lados devem trabalhar juntos para aumentar a confiabilidade e a estabilidade das relações econômicas e comerciais, disse o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, nesta sexta-feira.

Autoridades europeias prometeram repetidamente reduzir as dependências econômicas da China em setores críticos -- também conhecido como "de-risking" -- diante do que o G7 chama de "coerção econômica" da China.

"A posição da China é clara. Vamos aderir ao nosso apoio à autonomia estratégica da Europa", disse Wang quando perguntado sobre a visão da China sobre seu relacionamento com a Europa em uma entrevista coletiva com sua colega francesa em Pequim.

A ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, estava visitando a capital chinesa e, anteriormente, encontrou-se com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, com quem discutiu uma ampla gama de tópicos, incluindo o reequilíbrio do relacionamento econômico da França com a segunda maior economia do mundo.

Colonna disse que a França está comprometida com o diálogo com a China, reafirmando os laços bilaterais depois que uma investigação antissubsídios da União Europeia, apoiada por Paris, sobre veículos elétricos fabricados na China foi considerada "protecionista" por Pequim.

A viagem dela está centrada no incentivo ao intercâmbio entre cidadãos de ambos os países, como estudantes e turistas, ameaçado de ser ofuscado pelas questões comerciais.

"Estamos realmente comprometidos com o diálogo com a China", disse Colonna a Li, acrescentando que ela estava "honrada" e feliz por vê-lo após o encontro em Paris em junho.

Wang afirmou que as diferentes demandas de concorrência e cooperação não precisam entrar em conflito.

"É claro que haverá concorrência na cooperação, mas não devemos ter medo da cooperação por causa da concorrência. O maior risco do qual precisamos nos livrar é a incerteza trazida pela ampla politização", disse Wang, acrescentando que a dependência que mais precisa ser reduzida é o protecionismo.

"Atualmente, os intercâmbios entre os círculos empresariais da China estão sendo retomados de forma abrangente e estão se aquecendo rapidamente. Ouviremos as vozes da comunidade empresarial europeia e resolveremos com seriedade os problemas dos investidores na China", declarou Wang na coletiva de imprensa com sua homóloga francesa.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário