Açúcar avança mais de 1,5% nas bolsas de NY e Londres acompanhando disparada do petróleo
Os contratos futuros do açúcar operavam com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres nesta tarde de sexta-feira (13). O mercado do adoçante tem suporte importante do petróleo, além das contínuas preocupações com a safra global 2023/24.
Por volta das 12h18 (horário de Brasília), o vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York tinha valorização de 1,78%, cotado a 26,82 cents/lb. Em Londres, o principal vencimento tinha alta de 1,55%, a US$ 722,20 a tonelada.
O açúcar salta forte e estende os ganhos do período da manhã repercutindo a disparada de mais de 3% do petróleo. Os Estados Unidos endureceram sanções ao petróleo russo, além de os operadores seguirem atentos os conflitos no oriente médio.
Os temores com a oferta do adoçante também seguem no mercado. A maior produtora de açúcar da Europa, Suedzucker, elevou a sua previsão para os lucros neste ano de 2023, porque espera que os preços permaneçam elevados justamente com foco na oferta.
"Os revendedores disseram que o mercado continua a ter apoio devido às preocupações de que um evento climático El Niño reduzirá a produção nos principais produtores asiáticos, incluindo Índia e Tailândia", destacou a agência de notícias Reuters.
Por outro lado, o mercado ainda monitora o avanço positivo da safra do Brasil. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) anunciou na semana que a produção de açúcar na segunda metade de setembro totalizou 3,36 milhões de toneladas.
Essa quantidade, quando comparada àquela registrada na safra 2022/23, de 1,7 milhão de t, representa aumento de 98,02%, segundo dados da entidade. Além disso, uma pesquisa da S&P Global Commodity Insights estimava uma produção de 3,22 milhões de toneladas de açúcar, 70% a mais que há um ano.
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