Pesquisa: Starbucks desenvolve variedades de arábica mais resistentes às mudanças climáticas
Os últimos anos foram marcados por inúmeros desafios para a produção global de café. Se no Brasil, os produtores enfrentaram seca severa, geada e granizo, em outras origens produtoras a realidade das intempéries climáticas também é uma verdade absoluta, como por exemplo a Colômbia e Vietnã que tiveram suas produções afetadas ou limitadas por essas condições.
Observando os impasses e dificuldades dos produtores nas principais origens produtoras, a Starbucks - um dos principais players do mercado, investe em pesquisas com o foco de desenvolver variedades de café que possam ser resistentes aos efeitos das mudanças climáticas.
A informação foi publicada primeiramente pelo The Guardian e chamou atenção do setor no Brasil. De acordo com os dados, a Starbucks, que desenvolveu seis novas variedades de café arábica com foco nas mudanças climáticas.
Os dados mostram que as variedades de arábica desenvolvidas são cultivadas para resistir à ferrugem e os testes demonstraram gerar rendimento maior em período mais curto de tempo. Foram plantadas diversas variedades e híbridos de sementes, monitorando a resistência das árvores a doenças e a absorção de nutrientes ao longo de pelo menos seis gerações.
“Temos a responsabilidade de cuidar de toda a cadeia de abastecimento e das muitas pessoas que tornam o café possível, do grão à xícara, do agricultor ao cliente", destacou a Starbucks ao jornal britânico.
A marca compra atualmente café de cerca de 400 mil produtores em 30 países, incluindo cafés do Brasil. A pesquisa teve início há 10 anos e nos últimos cinco anos os materiais resistente às mudanças climáticas foram dadas para cafeicultores da Costa Rica, Peru, México, Honduras, Indonésia, Guatemala, Nicarágua e até na China.
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