Açúcar dispara e sobe mais de 3% nesta 6ª em NY, mas fecha semana com acumulado negativo
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (30) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres, mas o acumulado da semana ainda foi negativo. O suporte no dia veio de ajustes técnicos, além do financeiro positivo.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 3,22% no dia, a 22,79 cents/lb, com máxima em 23,09 cents/lb e mínima de 22,17 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 2,01%, negociado a US$ 628,20 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento do adoçante registrou queda acumulada de mais de 3,5%.
Depois de sete sessões de queda e mínimas de mais de três meses, o mercado disparou nesta sexta-feira com ajuste de posições. A pressão dos últimos dias vinha do avanço da colheita e da moagem da safra 2023/24 de cana do Centro-Sul e clima benéfico até julho.
"A força da safra brasileira começou a pesar sobre os preços, pois os dados mostram uma forte alta na produtividade média no maior produtor mundial", disse a empresa de pesquisa BMI em nota. As informações são da agência de notícias Reuters.
Apesar da alta nesta sexta, as projeções para a safra 2023/24 do Brasil seguem sendo revisadas. A Datagro elevou nesta quinta-feira (29) a moagem no ciclo para 606,5 milhões de toneladas com chuvas, ante 598,50 milhões de t estimadas anteriormente.
Também há esperanças com a demanda chinesa. "Os preços do açúcar também se recuperaram com a esperança de que os importadores chineses aumentem suas compras com os preços substancialmente mais baixos vistos nesta semana", destacou o Barchart.
O financeiro também contribuiu para o avanço nos preços do adoçante nesta sexta. O petróleo tinha alta de mais de 1% nesta tarde. As oscilações do óleo bruto impactam diretamente nos combustíveis e na decisão das usinas sobre a produção de açúcar ou etanol.
Além disso, o dólar opera com queda sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações das commodities, mas em compensação dá suporte aos preços externos.
MERCADO INTERNO
Depois de oscilar bastante, a queda tem prevalecido no mercado físico do açúcar. O tempo está firme no Centro-Sul e a colheita tem avançado. A expectativa é que a previsão do tempo siga favorável até julho para os trabalhos de campo, elevando a oferta.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 138,96 a saca de 50 kg com desvalorização de 1,41%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 159,37 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 22,89 c/lb e desvalorização de 2,23%.
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