Açúcar cai cerca de 3% em NY e Londres e vai nas mínimas de 3 meses
Os futuros do açúcar encerraram esta terça-feira (27) com queda de cerca de 3% nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado do adoçante segue pressionado pelo avanço da safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil, clima, questões da demanda e financeiro.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve queda de 2,87% no dia, negociado a 22,98 cents/lb, com máxima em 23,75 cents/lb e mínima de 22,79 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 3,40%, a US$ 630,10 a tonelada.
O mercado do adoçante retoma os menores níveis desde abril acompanhando diversos fatores. A pressão segue do avanço da colheita e moagem da safra 2023/24 do Centro-Sul e clima benéfico pelo menos até início de julho na região. Essa condição de tempo mais firme deve favorecer a colheita.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) anunciou nesta terça que a produção do adoçante na primeira quinzena de junho totalizou 2,55 milhões de toneladas. Essa quantidade representa um aumento de 18,71% ante 2022/23.
No acumulado desde 1º de abril, a fabricação do adoçante totaliza 9,53 milhões de toneladas, contra 7,21 milhões de toneladas do ciclo anterior (+32,13%).
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O financeiro também atuou como fator de baixa aos preços do adoçante. O petróleo tem perdas de mais de 1% nas bolsas externas em meio preocupações com a economia norte-americana. As oscilações do óleo impactam diretamente na decisão das usinas sobre os combustíveis.
Além disso, o dólar subia no dia sobre o real, o que tende a encorajar as exportações.
MERCADO INTERNO
O mercado físico no açúcar tem oscilado entre altas e baixas. A safra tem avançado e impactado negativamente os preços. "Este movimento elevou a oferta de lotes do açúcar cristal branco para pronta-entrega no spot paulista, em especial o tipo Icumsa 180, contexto que pressionou os valores médios do adoçante", diz o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 143,45 a saca de 50 kg com valorização de 0,06%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 161,34 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,61 c/lb e desvalorização de 1,91%.
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