Açúcar fecha 3ª no campo misto nas bolsas de NY e Londres com foco nas origens e financeiro
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (20) no campo misto nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado segue atento ao otimismo com a safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil e financeiro, mas também há preocupação com a Índia.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve queda de 0,23% no dia, negociado a 26,03 cents/lb, com máxima em 26,19 cents/lb e mínima de 25,62 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato ficou estável, a US$ 701,20 a tonelada, apesar de variação nos outros contratos.
Depois do feriado Juneteeth, que fechou o terminal norte-americano na véspera, o mercado do açúcar caiu durante a maior parte desta terça-feira atento, nos fundamentos, com um otimismo com a safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil, que está em andamento.
A produção de açúcar será maximizada, chegando a 46,9% (2,902 milhões de toneladas) na 2ª quinzena de maio, um recorde em 17 anos. Os preços estão cerca de 10 cents/lb mais altos do que os do biocombustível no Brasil, segundo a trading.
"As usinas estão maximizando a alocação de cana para produção de açúcar o quanto podem; e isso não é novidade para ninguém acompanhando a paridade de preços entre açúcar e etanol", destacou em relatório a analista da Czarnikow Ana Zancaner.
De acordo com informações da Reuters, as 37 usinas cooperadas da Copersucar, a maior cooperativa brasileira de açúcar e etanol e um dos maiores exportadores globais destes produtos, devem moer mais de 100 milhões de toneladas de cana na safra 2023/24, ante 89 milhões de toneladas no ciclo passado.
Leia mais:
+ Copersucar deve elevar moagem de cana para mais de 100 mi t na safra 23/24
Por outro lado, o mercado também acompanha as informações que vem da Índia, segunda maior exportadora global do adoçante. As chuvas de monção devem ganhar força nos próximos três a quatro dias e poderá avançar sobre diversas regiões de cultivo.
O financeiro também contribuiu para as perdas nesta terça. O petróleo tinha perdas moderadas a expressivas no exterior. As oscilações do óleo bruto impactam nos combustíveis e, consequentemente, na decisão de produção das usinas.
Além disso, o dólar tinha leve alta sobre o real, o que tende a encorajar as exportações e pesar sobre os preços.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar têm oscilado nos últimos dias no país. Apesar de avanço da safra, chuvas têm impactado os trabalhos de campo em alguns momentos, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
"A produção do açúcar chegou a ser interrompida em alguns dias da semana passada, devido às chuvas, que prejudicaram o transporte da cana-de-açúcar até as unidades de processamento. Por outro lado, o mercado também contou com a oferta de lotes do cristal Icumsa até 180 da safra passada 2022/23 a valores mais baixos", disse o Cepea em nota.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 142,95 a saca de 50 kg com desvalorização de 1,47%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 161,42 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 27,43 c/lb e desvalorização de 2,59%.
0 comentário
Alta do petróleo evita perda mais expressiva e açúcar fecha 6ª feira (22) com variações mistas
Açúcar recupera perdas em NY, sobe quase 1% e fica quase estável no acumulado semanal
Futuros do açúcar seguem pressionados e abrem novamente em queda nesta 6ª feira (22)
Açúcar cai mais de 1% em NY pressionado por previsão de menor déficit global em 2024/25
Açúcar amplia queda em NY e Londres e cotações trabalham próximas às mínimas deste mês
Açúcar abre novamente em queda e já devolve ganhos acentuados do início da semana