Milho despenca 4,9% nesta 3ªfeira e perde os R$ 60,00 na B3 pela 1ªvez desde outubro de 2020
A terça-feira (09) chega ao final com os preços futuros do milho recuando na Bolsa Brasileira (B3) e perdendo o patamar dos R$ 60,00 para o primeiro vencimento, o que não acontecia desde outubro de 2020. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 59,62 e R$ 64,90.
O vencimento maio/23 foi cotado à R$ 59,62 com perda de 2,74%, o julho/23 valeu R$ 59,70 com baixa de 4,59%, o setembro/23 foi negociado por R$ 62,23 com desvalorização de 4,96% e o novembro/23 teve valor de R$ 64,90 com queda de 4,19%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 não está variando muito nas últimas semanas, se mantendo entre R$ 60,00 e R$ 68,00. No mercado de balcão, os preços também estão na faixa estável entre R$ 58,00 e R$ 64,00 e ficando entre R$ 62,00 e R$ 65,00 nos portos.
Segundo a consultoria Aginvest, “a queda iniciada em fevereiro de 2023 se dá pela paridade de exportação. O câmbio abaixo de R$ 5,00, as cotações na CBOT em queda e os prêmios pressionados com grande disponibilidade interna de produto”.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve jornada negativa neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas em São Gabriel do Oeste/MS. Já as desvalorizações apareceram em Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Sorriso/MT, Rio Verde/GO, Machado/MG, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “a pressão negativa sobre os preços do milho continua e o cereal inicia a semana sendo comercializado na média de R$ 62,00/sc”.
Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho iniciou a semana com negócios travados. “Os produtores e compradores devem seguir com impasse no que tange aos preços, com oferta elevada e pouco interesse de aquisição do cereal. Negociações voltadas à exportação devem ocorrer apenas de maneira pontual”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também teve uma terça-feira negativa para os preços internacionais do milho futuro, que registraram recuos na casa de dois dígitos.
O vencimento maio/23 foi cotado à US$ 6,42 com desvalorização de 14,25 pontos, julho/23 valeu US$ 5,84 com perda de 11,75 pontos, o setembro/23 foi negociado por US$ 5,19 com baixa de 13,75 pontos e o dezembro/23 teve valor de US$ 5,18 com queda de US$ 5,18 com queda de 11,50 pontos.
Esses índices representaram desvalorização, com relação ao fechamento da última segunda-feira (08), de 2,13% para o maio/23, de 2,01% para o julho/23, de 2,44% para o setembro/23 e de 2,08% para o dezembro/23.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, os contratos do milho encerraram o dia em baixa pressionados por preocupações de que o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de sexta-feira mostrará estoques finais aumentados para a safra dos EUA.
O analista da Farm Futures, Ben Potter, acrescenta ainda que, exportadores privados anunciaram ao USDA o cancelamento de 10,7 milhões de bushels de milho originalmente destinados à China durante o ano comercial de 2022/23, que começou em 1º de setembro.
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