De olho no Mar Negro, milho cede até 1,2% em Chicago nesta 2ªfeira
A segunda-feira (27) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando novas movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 86,80 e R$ 87,67.
O vencimento março/23 foi cotado à R$ 87,21 com desvalorização de 0,78%, o maio/23 valeu R$ 87,67 com queda de 0,71%, o julho/23 foi negociado por R$ 86,95 com perda de 0,51% e o setembro/23 teve valor de R$ 86,80 com baixa de 0,40%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a Bolsa Brasileira sentiu a pressão que veio do exterior, com os recuos registrando na Bolsa de Chicago e do bom andamento dos trabalhos de plantio da segunda safra brasileira.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco neste primeiro dia da semana, com mais registros negativos do que positivos. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas em São Gabriel do Oeste/MS. Já as desvalorizações apareceram em Brasília/DF, Palma Sola/SC, Panambi/RS e Não-Me-Toque/RS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com análise diária da Agrifatto Consultoria, “mais uma semana andando de lado, com os negócios ocorrendo da mão para boca, o milho fecha a sexta-feira sendo comercializado na faixa dos R$ 86,00/sc no mercado físico de Campinas/SP”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, o volume de chuva segue elevado na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea.
“Esse cenário vem atrasando a colheita de milho da safra verão e, consequentemente, a semeadura da segunda safra, especialmente no Centro-Oeste. Ressalta-se que a semeadura concluída fora da janela considerada ideal aumenta as preocupações com as adversidades climáticas, como geadas e secas no segundo semestre. Quanto às negociações, com vendedores atentos ao campo e compradores afastados do spot nacional, a liquidez está baixa, e os preços, praticamente estáveis”, relata.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também finalizou a segunda-feira com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações negativas.
O vencimento março/23 foi cotado à US$ 6,42 com desvalorização de 7,25 pontos, o maio/23 valeu US$ 6,43 com baixa de 5,75 pontos, o julho/23 foi negociado por US$ 6,33 com queda de 5,00 pontos e o setembro/23 teve valor de US$ 5,90 com perda de 0,75 pontos.
Esses índices representaram baixa, com relação ao fechamento da última sexta-feira (24), de 1,23% para o março/23, de 0,92% para o maio/23 e de 0,78% para o julho/23, além de estabilidade para o setembro/23.
Segundo informações da Agência Reuters, o otimismo de que o acordo que permite embarques de grãos dos portos do Mar Negro na Ucrânia devastada pela guerra será renovado nas próximas semanas aumentou a pressão sobre o milho e o trigo nesta segunda-feira, já que o acordo aumentou a concorrência para os fornecedores de trigo e milho e termina em março.
“Já se passou um ano desde a invasão e o mercado refez todos os ganhos obtidos no início da guerra e mais para o lado negativo”, disse à Reuters, Brian Basting, analista de pesquisa de commodities da Advance Trading.
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