Petróleo despenca nesta reta final de semana com foco na política monetária dos EUA
Os preços do petróleo caíam mais de 2% nesta manhã de sexta-feira (17) nas bolsas externas. A pressão acompanha atenção do mercado à política monetária norte-americana, com chances de o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) aumentar os juros para combater a inflação, o que pode afetar a demanda por combustível.
Por volta das 13h15 (horário de Brasília), o petróleo WTI tinha desvalorização de 2,74%, negociado a US$ 76,58 o barril. Enquanto isso, o tipo Brent perdia 2,36%, negociado a US$ 83,13. A sessão anterior também foi marcada por perdas no óleo bruto, mas elas foram leves. Ambos os mercados caminham para uma queda semanal acima de 2,5%.
A presidente do Federal Reserve de Cleveland, Loretta Mester, disse que o banco central pode se tornar mais agressivo com aumentos de juros se a inflação surpreender para cima. A leitura mais recente da inflação mostrou que os preços permanecem teimosamente altos. Mas Mester não espera que os EUA entrem em recessão.
Dados norte-americanos divulgados nos últimos dias, segundo a Reuters, reforçam essa preocupação. O índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA subiu 0,7% em janeiro, após cair 0,2% em dezembro. Enquanto isso, os pedidos de auxílio-desemprego caíram inesperadamente para 194 mil, em comparação com a previsão de 200 mil.
"Fortes dados dos EUA reforçaram as preocupações com os aumentos das taxas e levaram a um aumento nos rendimentos do Tesouro dos EUA, que pesou sobre os preços do petróleo e de outras commodities", disse Kazuhiko Saito, analista-chefe da Fujitomi Securities Co Ltd.
Além disso, Tina Teng, analista da CMC Markets, disse para a agência de notícias que os estoques de petróleo dos EUA subindo para uma alta de 17 meses sugerem que a demanda está enfraquecendo, resultando em preços mais baixos.
O mercado ainda monitora as oscilações do dólar, mas positivamente há esperanças de uma recuperação da demanda na China, o maior importador mundial do óleo.
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