Exportação de milho em outubro já passa das 5 milhões de toneladas e é quase o triplo de outubro/21
O Brasil exportou 5.092.994,5 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) até este momento do mês de outubro, de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Sendo assim, o volume acumulado nestes 14 primeiros dias úteis do mês já ultrapassa em 183,4% o total de 1.797.038,3 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de outubro de 2021.
Com isso, a média diária de embarques ficou em 363.785,3 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 304,9% com relação as 89.851,9 do mês de outubro de 2021.
Para o total do mês de outubro, a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) estima que o Brasil irá exportar 7,2 milhões de toneladas de milho, o que seria o maior volume mensal do ano, considerando o cenário mais otimista. Na base das estimativas da Associação, está o volume de 5,5 milhões de toneladas.
Para atingir esses patamares, nos últimos seis dias úteis do mês, o país precisaria embarcar mais, aproximadamente, 407 mil toneladas para o cenário pessimista e mais 2,107 milhões no otimista.
Na visão da Anec, as exportações de milho do Brasil têm sido favorecidas pelos efeitos da guerra na Ucrânia, grande exportador que deixou de atender alguns mercados diante da guerra.
Além deste fator de incerteza quanto a produção e escoamento de milho da Ucrânia, o analista de grãos e proteínas animais da HedgePoint Global Markets, Pedro Schicchi, destaca que o Brasil também se aproveitou da redução de projeção da produção nos Estados Unidos e na Argentina.
Na visão de Schicchi, esse cenário de aperto na oferta deve seguir presente, o que pode dar novas boas oportunidades de comercialização aos produtores brasileiros, inclusive com valorizações de preços até a chegada da segunda safra de 2023.
Em termos financeiros, o Brasil já arrecadou um total de US$ 1,443 bilhão no período, contra US$ 379,965 milhões de todo outubro do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com aumento de 442,9% ficando com US$ 103,137 milhões por dia útil contra US$ 18,998 milhões no último mês de outubro.
Outra elevação apareceu no preço por tonelada obtido, que subiu 34,1% no período, saindo dos US$ 211,40 no ano passado para US$ 283,50 neste mês de outubro.
0 comentário
B3 antecipa movimento de queda dos preços do milho que ainda não apareceu no mercado físico
Demanda por milho segue forte nos EUA e cotações futuras começam a 6ªfeira subindo em Chicago
Radar Investimentos: Milho brasileiro encontra barreiras no mercado internacional
Milho emenda sexta queda consecutiva e B3 atinge menores patamares em um mês nesta 5ªfeira
Getap 2024: premiação deve ter altas produtividades para o milho inverno 24
Cotações do milho recuam nesta quinta-feira na B3 e em Chicago