Suinocultura independente: início de setembro com preços mostrando comportamentos diferentes entre as principais praças produtoras
Nesta quinta-feira (1º de setembro), as bolsas de suínos para comercializar os animais no mercado independente mostraram diferenças entre as principais praças, entre queda, estabilidade ou até falta de acordo entre produtores e frigoríficos.
O preço em São Paulo ficou estável R$ 7,46/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).
"Manutenção em decorrência de que, basicamente, o consumo ainda não melhorou em função da massa salaria, que só entra semana que vem. O preço do animal abatido teve um ajuste, com a carcaça em R$ 9,80 a R$ 10,20 o quilo, e esse ajuste na carcaça fez com que a gente conseguisse manter o preço, mas com uma expectaticade que a partir da próxima semana haja um realinhamento positivo no vivo, já que existe tendência de realinhamento na tabela por parte dos frigoríficos no preço do animal abatido", disse Valdomiro Ferreira, presidente da APCS.
No mercado mineiro, na semana passada havia acordo de R$ 7,00/kg, mas nesta semana a Bolsa de Suínos ficou em aberto, com valor sugerido de 7,30/kg vivo, conforme dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
"O mercado na semana já se comportou melhor que na semana anterior. Também temos o fator positivo do início de mês, e a oferta das granjas continua controlada.", apontou o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles.
Em Santa Catarina, segundo dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o preço do animal vivo recuou, saindo de R$ 6,94/kg vivo para R$ 6,72/kg vivo.
"Se a gente analisar, estamos andando em círculos. No dia 4 de agosto saímos de R$ 6,76/kg vivo, dia 11 de agosto R$ 6,94/kg vivo, manteve no dia 18, no dia 25 baixou para R$ 6,72/kg vivo e agora R$ 6,65/kg vivo. Por outro lado, o custo de produção vem aumentando, tornando difícil acreditar em continuar na atividade. Não sabemos quantos já desistiram e quantos vão sobrar", explicou Losivanio de Lorenzi, presidente da ACCS.
No estado do Paraná, Considerando a média semanal (entre os dias 25/08/2022 a 31/08/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda 5,60%, fechando a semana em R$6,32/kg vivo.
"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 6,27/kg vivo", informa o reporte.
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