Maior parte da pecuária de Mato Grosso é formada por pequenos produtores

Publicado em 22/06/2022 17:09

Diferentemente do que muitos pensam, o setor da pecuária em Mato Grosso não é formado, em sua maioria, por grandes fazendeiros. Pelo contrário. São os pequenos e médios produtores, com até mil cabeças de gado, os responsáveis por manter a atividade no Estado, que possui o maior rebanho bovino do Brasil.

Este perfil do pecuarista mato-grossense foi identificado pela pesquisa realizada pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), que entrevistou 409 pecuaristas em Mato Grosso, de todas as sete macrorregiões do Estado, em 93 municípios. Juntos, eles possuem 356 mil cabeças de bovinos. Veja a pesquisa completa aqui.

Segundo a pesquisa, um total de 78% dos entrevistados declarou possuir um rebanho de até 1 mil cabeças de gado, enquanto somente 6% afirmou ter mais de 3 mil bovinos. Além disso, o sistema de produção mais realizado pelos pecuaristas em Mato Grosso é a recria/engorda.

Ainda de acordo com a pesquisa, a maioria das propriedades com bovinos em Mato Grosso possui até 500 hectares. Ou seja, 58% dos produtores entrevistados possuem uma pequena propriedade. Já os pecuaristas que possuem grandes propriedades, acima de 10.001 hectares, representam apenas 2% dos entrevistados.

A pesquisa identificou ainda que o perfil do pecuarista de Mato Grosso é formado, em sua maioria, por pessoas de 46 a 65 anos, que estão na atividade entre 11 e 35 anos. A respeito do grau de ensino dos pecuaristas, 45%, possuem ensino superior, enquanto apenas 7% dos pecuaristas se declararam com apenas ensino básico.

Para o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior, a pesquisa demonstra a importância dos pequenos produtores da cadeia bovina da carne e a necessidade de levar ferramentas para que o produtor possa produzir uma carne de melhor qualidade e ter maior rentabilidade.

A pesquisa – O levantamento dos dados da pesquisa foi realizado entre os meses de setembro e outubro de 2021, por telefone, com os pecuaristas de Mato Grosso. A escolha do produtor foi feita de maneira aleatória, sendo que a distribuição entre as regiões foi feita de acordo com a quantidade de propriedades por região, conforme o Censo Agropecuário 2017 do IBGE.

Com as informações levantadas, buscou-se traçar o perfil do pecuarista na era digital em Mato Grosso, e para isso foram analisadas informações dos pecuaristas entrevistados quanto ao grau de instrução, idade e tempo de produção, por exemplo.

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Fonte:
Acrimat

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1 comentário

  • Getulio Coutinho

    Muitos e pequenos. O que contrasta com poucos e com muita terra. Tem fazenda do tamanho de Portugal. Elas são poucas, mas tomam metade da área dos pastos.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Nao reclame e trabalhe,,, porque todo mundo começou pequenininho-----Além disso existem culturas que rendem mais apesar de pouca terra----Mato Grosso pertence a Amazônia Legal onde quatro módulos dão 400 hectares isto e' , pelo INCRA acima de 250 Ha já pode ser desapropriado para Reforma Agraria se a propriedade for mal utilizada

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