Em dia de realização e pressão do dólar, açúcar recua forte nas bolsas de Nova York e Londres nesta 3ª feira
Os contratos futuros do açúcar recuaram forte no pregão desta terça-feira (7) nas bolsas de Nova York e Londres. Além da pressão do dólar ante ao real durante o pregão, o mercado também sente a pressão de realização de lucros, após novas informações de origens produtoras no pregão anterior.
O açúcar tipo branco recuou 5,15% e encerrou valendo US$ 563,40 a tonelada na Bolsa de Londres. Em Nova York, o tipo bruto recuou 3,02%, valendo 18,97 cents/lbp.
O mercado do açúcar teve um dia de ajustes nos preços após subir forte no pregão anterior, batendo máximas de cinco anos em Londres. A preocupação com a exportação limitada da Índia. Também reagiu às decisões sobre o mix do Brasil. As usinas do Centro-Sul têm destinado maior volume de cana para a produção de etanol ao invés do açúcar.
Segundo informações publicadas pela Reuters, mercado global de açúcar está acompanhando o andamento de um projeto de lei no Brasil que pode reduzir os impostos sobre combustíveis, incluindo a gasolina, levando as usinas a destinar mais cana para a produção do adoçante em detrimento do etanol.
"O governo brasileiro está pressionando por uma mudança na legislação que limite o imposto estadual ICMS sobre combustíveis a 17%. Como o tributo é mais alto na gasolina do que no etanol, em patamares acima de 17% para o combustível fóssil, a lei reduziria os preços da gasolina. Para se manter competitivo, o etanol também teria que cair de preço", acrescenta.
O dólar em alta durante o pregão desta terça-feira (7) também pesou sobre os preços do açúcar. A moeda estrangeira mais valorizada tende a encorajar as exportações e pesa sobre os preços.
"O dólar avançava pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira, e chegou a superar a marca de 4,90 reais conforme investidores reagiam à proposta do governo de zerar o ICMS e avaliavam qual seria seu impacto fiscal, refletindo ainda temores internacionais sobre o aperto da política monetária nas principais economias", afirma a análise da agência de notícias Reuters.
MERCADO INTERNO
O avanço do processamento de cana no Centro-Sul do Brasil tem pressionado as cotações no mercado interno. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar se manteve praticamente inalterado, com leve avanço de 0,09% e negociado por R$ 129,96 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 127,82 com alta de 0,40%, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,69 c/lbp e alta de 1,38%.
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