B3 fecha a 5ªfeira recuando e esperando alta produção da safrinha, mesmo com alguns problemas
A quinta-feira (28) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando mais um dia de recuos na Bolsa Brasileira (B3), com as principais cotações flutuando na faixa entre R$ 91,00 e R$ 97,00.
O vencimento maio/22 foi cotado à R$ 91,66 com desvalorização de 1,75%, o julho/22 valeu R$ 93,46 com baixa de 0,79%, o setembro/22 foi negociado por R$ 96,21 com perda de 0,46% e o novembro/22 teve valor de R$ 97,89 com queda de 0,06%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, é preciso esclarecer que o Brasil tem recorde histórico de área plantada com milho nesta segunda safra.
“Tem muitas áreas no Mato Grosso com problemas de chuva abaixo do ideal, aqueles que plantaram mais tarde estão sofrendo mais e quem plantou até 25 de fevereiro já estão quase escapes. O quadro é que estamos com mais de 17 milhões de hectares plantados e, mesmo com essas perdas de safra, vamos ter uma safra de 80 ou 90 milhões de toneladas, que poderia ser de mais de 110 milhões se tudo ocorresse bem em todas as regiões”, explica Brandalizze.
Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou um dia de elevações. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou desvalorizações em nenhuma das praças, mas encontrou valorizações em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Cascavel/PR, Pato Branco/PR, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Oeste da Bahia, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo a análise diária da Agrifatto Consultoria, “a proximidade da colheita pressiona a saca de milho novamente para próxima dos R$ 88,50, no mercado físico de Campinas/SP”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) finalizou as atividades desta quinta-feira com os preços internacionais do milho futuro contabilizando movimentações positivas.
O vencimento maio/22 foi cotado à US$ 8,16 com alta de 0,50 pontos, o julho/22 valeu US$ 8,13 com elevação de 1,25 pontos, o setembro/22 foi negociado por US$ 7,69 com valorização de 3,00 pontos e o dezembro/22 teve valor de US$ 7,51 com ganho de 2,25 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (27), de 0,12% para o maio/22, de 0,12% para o julho/22, de 0,39% para o setembro/22 e de 0,27% para o dezembro.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho dos Estados Unidos subiram nesta quinta-feira, atingindo brevemente uma nova alta de 10 anos, devido às previsões de mais chuvas que atrasarão ainda mais o plantio no Centro-Oeste norte-americano.
“O clima é realmente um fator importante hoje. Os mapas meteorológicos sugerem que pode haver algumas chuvas significativas em boa parte do Cinturão do Milho”, disse Bill Biedermann, sócio da AgMarket.Net .
“Temos problemas de plantio nos Estados Unidos. Está frio e úmido e o mercado está colocando algum risco extra”, disse Matt Ammermann, gerente de risco de commodities da StoneX.
A publicação ainda destaca que, sinais de forte demanda de exportação adicionaram suporte ao milho. Exportadores privados relataram a venda de 1,088 milhão de toneladas de milho para a China, informou o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Separadamente, o USDA disse que as vendas semanais de exportação de milho totalizaram 1,710 milhão de toneladas, um aumento de 35% em relação à semana anterior.
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