Em pesquisa inédita, ABIC identifica perfil consumidor de café em três grupos: Público Geral, Entusiastas e Especialistas

Publicado em 07/04/2022 11:08
Café tradicional ainda aparece como líder no consumo, mas pandemia promoveu curiosidade e busca por sustentabilidade em todos os grupos

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Os números da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) atualizados recentemente comprovam: O consumo de café no mercado interno continua firme, mantendo o Brasil como segundo maior consumidor da bebida do mundo. Além disso, uma pesquisa realizada pela ABIC, em parceria com o São Paulo Coffee Hub, mostrou o perfil do consumidor brasileiro, trazendo nuances que vão além do café apenas nas primeiras horas do dia. 

No ano de 2021 o consumo foi de 21,5 milhões de sacas, volume que representa 45,3% da safra 2021, que teve 47,7 milhões de sacas, segundo a conclusão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo a pesquisa, o perfil consumidor de café no Brasil hoje pode ser dividido em três tipos: Público Geral, Entusiastas e Especialistas. De acordo com a ABIC, a pesquisa é inédita e a maior já realizada sobre consumo de café no Brasil. 

O levantamento contou com mais de 180 mil respostas e teve como base importantes regiões consumidoras de café, como por exemplo: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Brasília, Curitiba, Belém, Uberaba, Petrolina, Feira de Santa, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Maringá e Blumenau. 

O relatório explica que no grupo Público Geral se enquadram as pessoas que tomam café comum, não entendem sobre cafés diferenciados, o assunto não é prioriedade. Já quando falamos nos "Entusiastas", estão as pessoas que entendem um pouco mais sobre café, compram cafés diferenciados e são curiosos com o assunto. Os "Especialistas" são aqueles que entendem muito de café, já fizeram cursos, podendo ou não trabalhar na área e verbalizam sobre o assunto de maneira técnica. 

Cafe 16:9
Consumo da bebida também apresentou mudança durante a pandemia

Com relação ao café do dia a dia, o tradicional continua aparecendo em primeiro no ranking para o Público Geral, com 40% das respostas, seguido do café extra forte, com 31%. O café gourmet aparece na sequência com 14% e o especial com 10%.  Para os Entusiastas o café gourmet aparece em primeiro lugar, com 35%, seguido do especial com 25% e na sequência aparece o superior com 11%. No caso do grupo Especialistas o café especial é a preferência com 59%, gourmet aparece com 19% e o tradicional com 13%. 

Outro ponto levantado na pesquisa foi a frequência de consumo da bebida. Para o Público Geral, 38% afirmam que tomam o café de manhã e a tarde, 26% consomem mais de três vezes por dia, 23% apenas três vezes ao dia e 13% apenas de manhã. 39% dos Entusiastas consomem café no período da manhã e da tarde, 25% três vezes ao dia, 23% mais de três vezes ao dia e 14% apenas de manhã. Já no caso dos Especialistas, 40% consomem de manhã e a tarde, 24% três vezes ao dia, 23% mais de três vezes ao dia e 13% apenas pela manhã. 

O café moído continua sendo o carro chefe de consumo em território nacional e aparece na preferência de todos os grupos. Entusiastas e especialistas mostraram também preferência pelo café moído na hora em cafeterias. O café em grão se destacou em São Paulo, Minas Gerais e Curitiba, confirmando a tendência de ser mais utilizado por Especialistas e Entusiastas. No caso das cápsulas, foi mostrado que é consumido pontualmente por Entusiastas. "Tem ainda a visão premium perante Entusiastas de Belém, Brasília, Recife e Rio de Janeiro. Especialistas consideram ser de menor qualidade, pois não há o conhecimento de todo o processo", afirma a ABIC. 

Entre os tópicos abordados na pesquisa, chama atenção a relação do consumidor com a qualidade do café disponível no mercado. Entre os atributos que mais se detacam para o público, quando questionado sobre a qualidade do café, está o aroma da bebida. "O aroma do café é o atributo mais significativo quando se fala em qualidade", complementa a pesquisa. 27% do Público Geral prioriza essa característica; 25% dos Entusiastas; e 24% dos Especialistas indicaram  a característica como a  mais importante. 

Os entrevistados relataram uma mudança no consumo de café durante a pandemia. No geral, passaram a consumir mais café na pandemia e/ou estudar sobre café. O café foi um aconchego para todos durante esse tempo. "Outra   novidade foi o aumento da preocupação com a sustentabilidade. O tema aparece em destaque para todos os perfis de consumidores, estando entre os quatro atributos mais importantes quando se pensa em qualidade e, ainda, são decisivos na compra de um café", afirma. 

 

 

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Por:
Virgínia Alves + ABIC
Fonte:
Notícias Agrícolas

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