Exportações de carne suína do BR para a China devem cair em 2022 com recuperação dos plantéis em níveis pré Peste Suína Africana
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Entrevista com Pedro Schicchi - Analista de Proteína Aninal de HedgePoint Global Markets sobre o Rebanho de Suínos na China
Com o trabalho da China de recomposição dos plantéis, após a queda pela metade do número de animais desde meados de 2018, quando a Peste Suína Africana atingiu o país em cheio, agora os rebanhos já chegam a níveis vistos em 2015. As informações são do Analista de Grãos e de Proteínas Animais da HedgePoint Global Markets, Pedro Schicchi.
Segundo ele, com esta recuperação, nos próximos dois anos as importações da proteína por parte do gigante asiático devem cair drasticamente, uma vez que já se vê atualmente uma sobreoferta do produto no país e preços em queda. "Se em 2021 a China importou em torno de 8 mil toneladas da carne suína, a projeção para este ano é de 6,9 mil toneladas, ainda assim muito acima do que eles normalmente importariam, perto de 1 ou 2 mil toneladas antes da crise da PSA", disse.
Para o especialista, as importações de carne suína brasileira pela china nos próximos anos devem se estabilizar em níveis um pouco acima do que era visto antes da PSA atingir o país, devido às questões de segurança alimentar que são consideradas como primordiais para o governo chinês.
Schicchi pontua que, mesmo que novos mercados sejam abertos ou que parceiros comerciais já consolidados com o Brasil aumentem as importações, nenhum conseguirá suprir a lacuna deixada pela China após o choque de produção ocorrido em 2018.
Uma das opções promissoras, a Rússia, que anunciou em novembro de 2021 que passaria a improtar carne suína e bovina do Brasil, após um embargo de pouco amis de 4 anos, com o atual conflito geopolítico com a Ucrânia esta relação comercial fica no campo da incerteza. "Acho que isso não será a prioridade deles agora, não houve nenhum anúncio, então precisamos obervar estes desdobramentos", disse.
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