Açúcar salta mais de 2% nesta 4ª feira em NY e volta aos US$ 19 c/lb
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (19) com alta de mais de 2% na Bolsa de Nova York, além de ter ganhos leves em Londres. O dia foi de suporte do petróleo e câmbio, apesar de alta na nova safra brasileira.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York saltou 2,20%, cotado a US$ 19,07 c/lb, com máxima de 19,15 c/lb e mínima de 18,70 c/lb. Em Londres, o primeiro vencimento avançou 0,20%, negociado a US$ 510,10 a tonelada.
O mercado do petróleo, mais uma vez, contribuiu para avanços importantes do açúcar no cenário internacional, com retomada do nível de US$ 19 c/lb no terminal norte-americano, o maior nível desde o final de dezembro.
"Os operadores disseram que muitos analistas veem o petróleo continuar subindo, o que pode ter uma influência significativa na quantidade de cana que as usinas brasileiras desviarão do açúcar para o etanol quando a temporada 2022/23 começar em abril", destacou a agência de notícias Reuters.
O petróleo renovou máximas de mais de sete anos na sessão desta quarta-feira acompanhando os temores com a oferta do óleo, além de uma demanda firme e em recuperação, apesar da variante ômicron do coronavírus no mundo.
Ainda no financeiro, o câmbio também deu suporte aos preços. Um dólar mais baixo ante o real tende a desencorajar as exportações, mas dá suporte aos preços externos das commodities agrícolas, como é o caso do açúcar.
Nos fundamentos, depois que os preços do açúcar caíram para US$ 18 c/lb, o mercado tem visto a saída da Índia das negociações externas. Apesar disso, há limitação com as expectativas positivas da safra do Brasil e da Ásia.
A moagem de cana-de-açúcar na safra 2022/23 (abril-março) do Centro-Sul do Brasil deve subir 7,3% ante a anterior, para 565,3 milhões de toneladas, segundo projeção da consultoria StoneX em perspectiva trimestral.
As boas chuvas na região produtora no final de 2021 e início deste ano têm garantido melhor desenvolvimento dos canaviais.
MERCADO INTERNO
O açúcar no mercado brasileiro ainda se sustenta acima do nível de R$ 150 a saca, apesar de quedas pontuais nos últimos dias.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 0,21%, negociado a R$ 150,84 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,65 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,36 c/lb com alta de 1,92%.
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