Café: Futuros do arábica têm nova sessão de altas em NY e preços no mercado brasileiro acompanham
Os futuros do café arábica negociados na Bolsa de Nova York registraram mais um dia de boas altas nesta terça-feira (16). Os principais contratos chegaram a subir até 1,8%, como foi o caso do dezembro/21, que encerrou os negócios cotado a 224,55 cents de dólar por libra-peso, enquanto o março/22 terminou o dia com 225,90 cents/lp, subindo 0,9%.
O mercado segue refletindo seu quadro fundamental altista que é bastante sólido. As preocupações com a oferta nos principais países produtores são crescentes e sem sinalização forte de que já na próxima temporada possa haver um equilíbrio com a demanda.
De acordo com a primeira estimativa divulgada pelo Rabobank na última semana, a produção de café arábica do Brasil no ciclo 2022/23 deve ficar em 42 milhões de sacas para o tipo arábica. O número representa queda de 21% em relação ao último ciclo, e de acordo com Guilherme Morya, mostra retrocesso na produção do Brasil, já que coloca o país em patamares observados pela última vez em 2016.
Segundo analistas e consultores, este tem sido um dos principais pilares de suporte para os futuros do arábica, uma vez que a produção comprometida nã é uma realidade apenas do Brasil. A Colômbia, por exemplo, que é o segundo maior produtor global da variedade, também passou por problemas em sua última safra e já espera uma produção limitada na próxima temporada.
Enquanto isso, as perspectivas do mercado são de uma demanda crescente por café, o que deixa o quadro de oferta - com estoques bastante ajustados - ainda mais em evidência.
PREÇOS NO BRASIL
Com as altas em Nova York e em mais um dia de ganhos do dólar sobre o real, os preços do café voltaram a subir também no mercado brasileiro nesta terça-feira.
Para as principais referências do tipo 6 bebida dura, os ganhos passaram de 1%, chegando a testar os R$ 1340,00 por saca, com alta de 2,29%, em Poços de Caldas/MG. Em Franca/SP, a referência subiu 0,77% para R$ 1310,00 por saca.
Já para o cereja descascado, os preços subiram mais de 2%, como foi o caso de Guaxupé/MG, com alta de 2,45% para R$ 1424,00, ou Varginha/MG, subindo 2,94%, para R$ 1400,00 por saca.
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