Milho cai na B3 nesta 6ªfeira, mas permanece estável no acumulado semanal

Publicado em 01/10/2021 16:53
Chicago sobe e soma valorização de quase 3% na semana

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Os preços futuros do milho operaram grande parte da sexta-feira (01) próximos da estabilidade, mas perderam um pouco de força e encerraram as atividades do dia recuando na Bolsa Brasileira (B3).

O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 91,10 com perda de 0,94%, o janeiro/22 valeu R$ 92,05 com baixa de 0,97%, o março/22 foi negociado por R$ 92,12 com desvalorização de 1,04% e o maio/22 tinha valor de R$ 87,71 com queda de 1,02%.

Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam quedas de 0,23% para o janeiro/22 e de 0,08% para o maio/22, além de altas de 0,39% para o novembro/21 e de 0,04% para o março/22, em comparação com o fechamento da última sexta-feira (24).

variação semanal milho b3

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a leve pressão de baixa da B3 se deu em função do dólar em queda, o que acaba pressionando o valor do milho para exportação, que hoje gira entre R$ 84,00 e R$ 86,00 nos portos, cerca de R$ 1,00 a menos por saca do que ontem.

“Além disso, alguns aproveitam para fazer lucros antes do final de semana, mas o mercado brasileiro segue praticamente sem negócios. Ninguém quer se posicionar e esperam a chegada de milho importado e acompanham as boas chuvas que ajudam a safra de milho verão que pode produzir bem já em janeiro”, aponta Brandalizze.

No mercado físico brasileiro, a saca do cereal registrou alguns recuos neste último dia da semana. O levantamento do Notícias Agrícolas encontrou valorizações apenas no Oeste da Bahia, mas percebeu desvalorizações nas praças de Ponta Grossa/PR, Brasília/DF, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Amambai/MS.

O Brasil fechou o mês de setembro exportando 2.855.263,4 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). 

Este volume é 65,64% do total alcançado durante o mês de agosto de 2021 (4.349.451,2) e é apenas 44,81% das 6.371.263,4 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de setembro 2020.

Leia mais:

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Já do lado das importações, foram 407.379,2 toneladas de milho desembarcadas em setembro. Sendo assim, o país ultrapassou em 176,5% o equivalente a todo o registrado em setembro de 2020 (147.332 toneladas).

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira:

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o plantio avança em boa parte das regiões produtoras, o que pode ligar um alerta em relação a comercialização nas próximas semanas”.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro encerraram a sexta-feira contabilizando ganhos na Bolsa de Chicago (CBOT), retomando as movimentações positivas após as quedas de ontem.

O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,41 com elevação de 4,75 pontos, o março/22 valeu US$ 5,49 com ganho de 5,25 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,54 com alta de 5,50 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,55 com valorização de 6,00 pontos.

Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (30), de 0,93% para o dezembro/21, de 0,92% para o março/22, de 0,91% para o maio/22 e de 1,09% para o julho/22.

Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam valorizações de 2,85% para o dezembro/21, de 2,81% para o março/22, de 2,78% para o maio/22 e de 3,16% para o julho/22, em comparação com o fechamento da última sexta-feira (24).

variação semanal milho cbot

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho obtiveram ganhos em uma rodada de compras técnicas, em parte estimulados pela força do trigo e outras commodities externas. Por outro lado, a pressão de colheita aplicou ventos contrários o suficiente para evitar que os preços subissem ainda mais na sessão agitada de hoje. 

Do lado do trigo, os preços continuaram a fazer avanços significativos na sexta-feira, com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) relatando ontem que os estoques domésticos norte-americanos caíram para uma baixa de 14 anos

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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