Medo de geadas sustenta ganhos do milho na B3 nesta 5ªfeira
A quinta-feira (24) chega ao final com os preços do milho despencando no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações apenas no Oeste da Bahia.
Já as desvalorizações apareceram nas praças de Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ponta Grossa/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Brando/PR, Rio do Sul/SC, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Brasília/DF, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Amambai/MS, Luís Eduardo Magalhães/BA, Cândido Mota/SP e Porto Paranaguá/PR.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “no mercado físico no Brasil Central, apesar do andamento da colheita da safrinha em boa parte das áreas, temos visto que consumidores encontram dificuldade em encontrar volumes relevantes para se abastecer”.
A análise da Agrifatto Consultoria ainda aponta que, “o milho acumula mais um dia de queda nas principais praças do mercado físico brasileiro. Em Campinas/SP, o cereal encostou nos R$ 87,00/sc, menor nível desde o início do mês de março/21”.
Já no Paraná, o Deral (Departamento de Economia Rural) reduziu sua estimativa para a segunda safra de milho no estado para 9,8 milhões de toneladas, uma queda de 500 mil toneladas diante da projeção de maio.
O analista de milho do Deral, Edmar Gervásio, disse em entrevista à Agência Reuters que este recuo é em função do impacto da seca, mas que novas reduções não estão descartadas à medida que a colheita avance, especialmente devido a preocupações com previsões de geadas.
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B3
Os preços futuros do milho tiveram um dia de ganhos nesta quinta-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,66% e 1,50% ao final do dia.
O vencimento julho/21 foi cotado à R$ 81,75 com alta de 0,66%, o setembro/21 valeu R$ 82,49 com ganho de 1,50%, o novembro/21 foi negociado por R$ 83,40 com valorização de 1,31% e o janeiro/22 teve valor de R$ 86,15 com elevação de 1,35%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os atuais preços nos portos entre 72 e 73 reais a saca podem contribuir para os as cotações dentro do Brasil caiam abaixo dos R$ 70,00 quando atingirmos o pico de colheita da safrinha daqui um mês.
“Mesmo que tenham grandes quebras, temos muito milho para colher e vamos ter que exportar. O movimento agora é muito lento e o produtor ainda está na dúvida sobre o que vem na safra. A B3 foi alta hoje porque o pessoal está com medo de geadas na semana que vem e, aí sim, o estrago seria ainda maior do que já foi”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou as atividades desta quinta-feira operando em campo misto para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações entre 11,00 pontos negativos e 0,75 pontos positivos ao final do dia.
O vencimento julho/21 foi cotado à US$ 6,53 com desvalorização de 11,00 pontos, o setembro/21 valeu US$ 5,49 com perda de 1,75 pontos, o dezembro/21 foi negociado por US$ 5,36 com alta de 0,25 pontos e o março/22 teve valor de US$ 5,43 com elevação de 0,75 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 1,66% para o julho/21 e de 0,36% para o setembro/21, além de altas de 0,19% para o dezembro/21 e de 0,18% para o março/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho da Chicago Board of Trade caíram na quinta-feira, pressionados pela chuva nas principais áreas de cultivo do meio-oeste dos Estados Unidos e pelas previsões de mais chuvas que conduzirão as safras aos estágios críticos de desenvolvimento.
“Acho que é provavelmente a confirmação de chuvas generalizadas em áreas que estavam em apuros realmente”, disse Chuck Shelby, presidente da Risk Management Commodities
A publicação ainda destaca que, os fundos de investimento liquidaram algumas de suas posições compradas em commodities, à medida que os mercados caíam em pontos chaves de suporte, agravando a fraqueza.
Por outro lado, o novo boletim semanal de vendas para exportação divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta-feira informou que as vendas da safra velha foram de 216,3 mil toneladas, contra projeções de 0 a 400 mil toneladas.
Os Estados Unidos ainda venderam 310,8 mil toneladas da safra nova, contra expectativas de 200 mil a 800 mil toneladas, a maior parte para destinos não revelados.
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