Petrobras buscará esforço extra em combate à crise hídrica após pedido da Aneel, diz CEO
A Petrobras alocará equipes técnicas para buscar formas de contribuir mais para a garantia do abastecimento elétrico do Brasil, em meio a uma crise dos reservatórios de hidrelétricas, após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pedir esforços adicionais da estatal, disseram os chefes de ambas as partes à Reuters.
Dentre as medidas em estudo, a petroleira poderá aumentar mais a oferta de gás natural, para atender o acionamento maior de térmicas, além de disponibilizar mais infraestrutura e logística e, eventualmente, aumentar a própria geração de energia.
O esforço extra foi debatido nesta terça-feira em um encontro entre o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, e o presidente da petroleira, Joaquim Silva e Luna, na capital federal.
"A Petrobras continua cada vez mais empenhada em contribuir com a mitigação do problema energético provocado pela baixa afluência hídrica desse período", disse Luna.
O pedido de mais apoio da Petrobras vem enquanto o governo adota diversas medidas para evitar falta de energia, após o Brasil ter registrado a pior estação chuvosa para as hidrelétricas - principal fonte geradora do país - em mais de 90 anos.
"A Petrobras está fazendo um grande esforço no diálogo com o setor elétrico para enfrentar a crise hídrica. Nós da Aneel reconhecemos esse grande esforço e solicitamos ações adicionais para aumentar a oferta de geração", disse Pepitone.
Na próxima semana, equipes técnicas da Aneel e da Petrobras se reunirão para avaliar a possibilidade de implementar novas medidas, acrescentou a assessoria de imprensa da Petrobras. Não foi acertado ainda, no entanto, um cronograma para as possíveis ações.
A Petrobras já vem adotando, desde o início de 2021, ações para ampliar a oferta de gás e colaborar com a maior geração de energia termelétrica, segundo a Reuters publicou anteriormente. A companhia tomou medidas com potencial de elevar em 36% a oferta de gás natural na comparação com a demanda registrada no primeiro trimestre deste ano, com maior importação e maximização de produção de algumas unidades.
Representantes do setor elétrico temem uma piora do quadro em agosto, quando historicamente os níveis de chuva são mais baixos no ano.
Nesta terça-feira, o diretor-geral do Organizador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, afirmou à Reuters que a situação do abastecimento de energia no Brasil no momento "merece atenção, mas está sob controle" e sem risco de racionamento.
A fala reforça uma nota publicada na véspera pelo Ministério de Minas e Energia, dizendo que vem implementando ações para garantir o fornecimento de energia elétrica no Brasil e não está tomando quaisquer medidas objetivando o racionamento de energia elétrica.
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