Mercado do café deve seguir apresentando volatilidade, no aguardo do relatório global do USDA
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Entrevista com Fernando Maximiliano - Analista de Café da StoneX sobre o Mercado do Café
DownloadA semana começou com ajustes técnicos nas principais referências para o mercado futuro de café tipo arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Julho/21 teve queda de 150 pontos, negociado por 160,15 cents/lbp, setembro/21 teve queda de 145 pontos, valendo 162,20 cents/lbp, dezembro/21 recuou 135 pontos, negociado por 165 cents/lbp e março/22 teve baixa de 130 pontos, valendo 167,50 cents/lbp.
De acordo com o analista Fernando Maximiliano, da StoneX, do lado dos fundamentos o cenário segue sendo de preços firmes para o Brasil, principalmente pela quebra de safra do Brasil e pelos problemas na Colômbia - que já deixou de entregar, pelo menos, 800 mil sacas de café ao mercado global.
A tendência para os próximos dias, segundo Fernando, é que o mercado siga apresentando certa volatilidade, apoiado na redução da oferta global e a tendência de uma demanda mais aquecida. Além disso, o mercado aguarda pelo relatório do USDA, previsto para ser divulgado no próximo dia 18, com as atualizações referentes à produção global de café.
Já o site internacional Barchart destacou o retorno das chuvas no parque cafeeiro como principal fator para o dia de baixas. "O café arábica recuou devido às perspectivas de chuva nas áreas de cafeicultura do Brasil. A Somar Meteorologia previa nesta segunda-feira até 20 mm (0,8 polegadas) de chuva para as áreas cafeeiras de Minas Gerais até esta quarta-feira", afirma.
A publicação destaca ainda que a Somar Meteorologia informou na segunda-feira que as chuvas em Minas Gerais, a maior região de cultivo de arábica do Brasil, foram de 7,9 mm na semana passada, ou apenas 39% da média histórica.
Já na Bolsa de Londres, o café tipo conilon voltou a subir neste início de semana, registrando um novo recorde de alta. Julho/21 teve valorização de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 1625, setembro/21 teve alta de US$ 13 por tonelada, negociado por US$ 1651, novembro/21 registrou valorização de US$ 14 por tonelada, negociado por US$ 1671 e janeiro/22 teve valorização de US$ 15 por tonelada, negociado por US$ 1686.
No Brasil, mercado físico acompanhou e também teve um dia de ajustes nas principais praças produtoras do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,56% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 885,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,56%, valendo R$ 880,00, Patrocínio/MG teve baixa de 1,12%, negociado por R$ 880,00, Campos Gerais/MG teve baixa de 1,11%, valendo R$ 889,00 e Franca/SP manteve a estabilidade por R$ 900,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 0,53% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 940,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,54%, negociado por R$ 920,00, Patrocínio/MG teve queda de 1,09%, valendo R$ 905,00 e Campos Gerais/MG registrou baixa de 1,04%, valendo R$ 949,00.
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