Açúcar fecha semana quase estável, após se aproximar dos US$ 18 c/lb
Os futuros do açúcar fecharam a semana sem muita alteração na variação acumulada ao longo das últimas cinco sessões, com alta de 0,41%, após quase se aproximar dos US$ 18 c/lb na Bolsa de Nova York. Os ganhos com preocupações com o Brasil e atuação dos fundos foram reduzidos ao longo dos últimos dias.
Apesar de duas quedas seguidas, hoje, o principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 0,30%, cotado a US$ 16,98 c/lb, com máxima de 17,08 c/lb e mínima de 16,63 c/lb. O tipo branco em Londres registrou perda de 1,06%, negociado a US$ 448,40 a tonelada.
Para o analista da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa, a disparada do açúcar na Bolsa de Nova York nos últimos dias acompanhou informações sobre o desenvolvimento da safra do Brasil, impactada pelo clima, mas acima de tudo diante da atuação dos fundos com grande interesse pelas commodities agrícolas.
“Os fundos têm sido bastante agressivos no mercado de commodities de uma maneira geral, principalmente nas agrícolas, e nós vimos na última semana eles adicionando 50 mil lotes em suas posições, o que acabou colocando o mercado pra cima”, disse Corrêa ao Notícias Agrícolas.
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O analista pontua ainda que o mercado já parece ter precificado uma queda na produção brasileira, o que não justificaria novas disparadas de preços diante desse fundamento. Além disso, também há o acompanhamento por parte dos operadores para o atraso da moagem pelas usinas neste início de trabalhos da temporada 2021/22.
Mercado interno do açúcar voltou a subir no Brasil nesta reta final da semana
A Somar Meteorologia prevê que um melhor cenário de chuvas no Centro-Sul deve ocorrer apenas na virada de maio. “Quem está precisando de chuva pra ontem, essa notícia de precipitação somente de maio pra junho sem dúvida nenhuma é um banho de água fria”, destacou nesta semana o meteorologista Celso Oliveira.
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Por outro lado, além de realizações de lucros ao longo das últimas duas sessões, com quedas expressivas revertendo os ganhos do início da semana, também houve acompanhamento da safra de outras origens. O Commerzbank destacou melhora na oferta do adoçante em produtores da União Europeia, além de Índia e Tailândia.
Também houve repercussão do mercado do adoçante para as oscilações do financeiro. Os petróleos WTI e Brent recuavam nesta sessão de sexta-feira, mas seguem acima dos US$ 60 o barril. Além disso, o dia é de valorização do dólar sobre o real, fator que encoraja as exportações, mas que pesa sobre os preços externos.
Mercado interno
O mercado do açúcar no Brasil voltou a subir nesta reta final de semana, após quedas recentes. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 0,15%, cotado a R$ 111,14 a saca de 50 kg na véspera.
Já no Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, negociado a R$ 114,01 a saca, segundo dados reportados pela Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha na última sessão o preço FOB cotado a US$ 18,53 c/lb, com queda de 1,22% sobre o dia anterior.
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