Compra de caminhões pelo governo é recomendada por empresa ligada ao MME
A aquisição de caminhões antigos pelo governo federal está entre as medidas alternativas defendidas para equilibrar o setor de transportes no Brasil em um estudo preliminar publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), prestadora de serviços do Ministério de Minas e Energia (MME).
"A aquisição governamental de caminhões para este fim injeta recursos na economia com o potencial de estimular a demanda, ao mesmo tempo em que reduz a oferta de serviços de transporte, acelerando o reequilíbrio do mercado de fretes rodoviários", diz um trecho do documento publicado pela EPE.
O Brasil tem atualmente cerca de 110 mil caminhões com mais de 30 anos, o que representaria cerca de 6% da frota de todo o território nacional.
A entidade destaca que a medida ainda minimizaria o risco de novas paralisações no setor, com reflexos logísticos ao país, além de diminuição de emissões e de acidentes rodoviários. O estudo ainda aponta sobre os benefícios de entrada de empreendimentos ferroviários e aumento da cabotagem.
Diante de várias movimentações de greve dos caminhoneiros nos últimos anos, para a EPE, o tabelamento mínimo do frete de 2019 não tem sido eficaz. "Tal ação teve reflexos na retomada das vendas de caminhões no país, mas acabou aprofundando ainda mais a condição de sobreoferta de fretes".
O MME foi procurado pelo Notícias Agrícolas, mas disse através da assessoria de imprensa que não irá se pronunciar sobre o estudo.
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