Turquia proíbe 3 bancos de operar com lira enquanto moeda cai a mínimas recordes

Publicado em 07/05/2020 18:20

ISTANBUL (Reuters) - A Turquia proibiu BNP Paribas, Citibank e UBS de realizar transações com liras depois que a moeda atingiu nesta quinta-feira uma mínima recorde em relação ao dólar, com investidores preocupados com a falta de reservas para proteger a economia do impacto do coronavírus.

A mínima de 7,27 liras por dólar desta sessão deixou para trás o piso anterior, atingido durante a crise cambial de 2018. A queda deste pregão é a quinta consecutiva e se dava enquanto a Turquia procura mitigar os efeitos do surto, que matou 3.584 pessoas.

Posteriormente, a lira recuperou algum terreno, depois que o órgão fiscalizador do setor bancário anunciou uma proibição de transações de lira pelos três bancos, dizendo que são incapazes de cumprir com seus passivos em lira no devido tempo.

A agência de notícias estatal Anadolu havia relatado anteriormente que o órgão estava iniciando uma ação legal contra instituições com sede em Londres, que afirmou terem montado um "ataque de manipulação" contra a lira.

Às 15h44, a moeda era cotada a 7,1079 liras por dólar, em valorização de 1,2%, depois de cair 1%, para 7,2690 liras por dólar. A taxa de câmbio perde cerca de 18% este ano sob pressão da pandemia do Covid-19, com mais de 130 mil casos na Turquia.

As preocupações do mercado foram alimentadas ainda por comentários de um membro do Federal Reserve que operadores interpretaram como descartando uma linha de swap do Fed para reforçar as decrescentes reservas da Turquia.

Dados desta quinta-feira mostraram que as reservas brutas de divisas do banco central da Turquia estavam 51,46 bilhões de dólares em 1º de maio, ante 52,66 bilhões de dólares na semana anterior.

O membro do Fed --questionado na quarta-feira sobre a extensão dos mecanismos de swap para a Turquia e outros necessitados-- disse que o Fed já tem linhas com países que têm uma relação de "confiança mútua" com os Estados Unidos e altos padrões de crédito.

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Fonte:
Reuters

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