S&P 500 e Dow caem após Trump lançar dúvida sobre acordo comercial com China

Publicado em 06/05/2020 18:08

(Reuters) - Os índices S&P 500 e Dow Jones fecharam em queda nesta quarta-feira, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, colocou em dúvida um acordo comercial com a China e após dados mostrarem que empregadores privados dos EUA demitiram 20 milhões de trabalhadores em abril, evidência do baque econômico do surto de coronavírus.

O Nasdaq, índice com forte peso de ações do setor de tecnologia, encerrou em alta. Mas todos os três principais índices pioraram o sinal perto do fim da sessão, após Trump dizer que a China pode ou não manter o acordo comercial.

Os segmentos financeiro e outros de caráter cíclico --que geralmente apresentam desempenho superior quando as perspectivas econômicas melhoram-- recuaram. Apenas dois dos 11 principais setores do S&P subiram, com tecnologia em destaque.

"Tivemos a queda dramática, temos tido esta recuperação bastante dramática, e, para mim, não seria incomum se nos próximos três, seis meses tivéssemos um mercado bastante instável, sem firmeza e alternando quedas e altas", disse Chuck Carlson, diretor executivo da Horizon Investment Services em Hammond, Indiana. "Hoje pode ser um microcosmo disso."

O Dow Jones recuou 0,91%, para 23.664,64 pontos, o S&P 500 perdeu 0,70%, para 2.848,42 pontos, e o Nasdaq Composite se valorizou 0,51%, para 8.854,39 pontos.

Os empregadores do setor privado dos Estados Unidos demitiram um recorde de 20,236 milhões de trabalhadores em abril, depois que o fechamento obrigatório dos negócios em resposta ao surto de coronavírus devastou a economia, deixando o mercado de trabalho em vias de registrar perdas históricas de empregos.

Tesouro dos EUA emite título de 20 anos e aumenta volume de leilões em meio a empréstimos recordes

WASHINGTON (Reuters) - O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos afirmou nesta quarta-feira que emitirá um título de 20 anos e aumentará o volume de leilões em uma série de vencimentos para levantar dinheiro a fim de atender às necessidades de empréstimos governamentais devido ao surto de coronavírus.

O Tesouro também deixou claro que se afastará de seu foco atual nas notas do Tesouro que ajudaram a levantar fundos urgentes nas últimas seis semanas, a favor de espalhar a dívida por uma estrutura mais longa de vencimentos.

"Tendo em vista o aumento substancial da necessidade de empréstimos, o Tesouro planeja aumentar sua emissão de longo prazo como um meio prudente de gerenciar seu perfil de vencimentos e limitar a potencial volatilidade futura das emissões", disse Brian Smith, secretário assistente de finanças federais do Tesouro, em um comunicado.

No comunicado, o Tesouro disse que pretende aumentar o tamanho dos leilões em todos os prazos com cupom nominal no período de maio a julho, com os aumentos maiores nas categorias de 7, 10, 20 e 30 anos.

Ele também planeja aumentar "modestamente" o tamanho dos leilões de títulos de taxa flutuante, mas manter os tamanhos dos leilões de títulos atrelados à inflação.

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Fonte:
Reuters

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