Brasil registra 99 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas

Publicado em 12/04/2020 17:40 e atualizado em 12/04/2020 18:18

O Brasil registrou neste domingo, 12, 99 novas mortes provocadas pela covid-19 e 1.442 novos casos da doença nas últimas 24 horas, segundo informações do Ministério da Saúde.

A letalidade está em 5,4%, segundo informações do Ministério da Saúde.

Com isso, em todo o País, o número de mortes de pessoas infectadas pelo novo coronavírus chegou a 1.223 com um total de 22.169 casos. No dia anterior, eram 20.727 casos confirmados.

O Estado de São Paulo continua sendo o mais afetado, com 8.755 casos e 588 mortes, seguido por Rio de Janeiro (2.855 e 170 óbitos), Ceará (1.676 e 74 ) e Amazonas ( 1.206 e 62).

Neste sábado, 11, a adesão da população de São Paulo ao isolamento social como forma de evitar a propagação do novo coronavírus ficou em 55%. Na quinta-feira, o índice de isolamento social atingiu apenas 47%. O governo de São Paulo afirma que o ideal é 70% de isolamento para conter o avanço da doença no Estado, o mais afetado no País, com o maior número de mortes e casos confirmados.

PRISÃO EM DEFESA DA VIDA

A taxa de isolamento vem sendo medida pelo governo paulista com o apoio das operadoras de telefonia e é referente a 40 cidades com população acima de 30 mil habitantes. Em nenhuma delas o índice chegou aos 70%. As cidades com o menor índice neste sábado foram Limeira e Presidente Prudente, interior do Estado, com apenas 47% de isolamento. Já São Vicente foi a cidade com o maior índice, 62%.

Na última quinta-feira, 9, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prometeu tomar medidas mais rigorosas caso a adesão popular ao isolamento social não cresça espontaneamente nesta semana. Entre essas medidas estão a aplicação de multa e até a prisão de quem desrespeitar o distanciamento, visto como essencial para mitigar a propagação do novo coronavírus. "Espero que não tenhamos que chegar nesse patamar, mas se for necessário faremos em defesa da vida."

Mortes por coronavírus voltam a acelerar e Brasil acumula 1.223 neste domingo (Reuters)

BRASÍLIA (Reuters) - O número de mortes por coronavírus no Brasil voltou a acelerar neste domingo, chegando a 1.223, um aumento de 99 óbitos sobre o dia anterior, conforme dados do Ministério da Economia.

No sábado, foram 68 novas mortes, interrompendo sequência acima de 100 que vinha sendo vista desde terça-feira. [nL2N2BZ09I]

No total, o país possui 22.169 casos confirmados de coronavírus, crescimento de 7% (1.442) em relação ao dia anterior.

Conforme o boletim deste domingo, São Paulo continua sendo o Estado com maior número de casos confirmados e de mortos no país: 8.755 e 588, respectivamente.

O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, com 2.855 casos e 170 mortos. O Ceará é o terceiro Estado mais afetado, com 1.676 infecções confirmadas e 74 mortos.

O maior coeficiente de mortalidade, contudo, é do Amazonas, com 15 óbitos a cada 1 milhão de habitantes, seguido por São Paulo (13), Rio de Janeiro (10) e Pernambuco (9). A média nacional é de 6 mortes a cada 1 milhão de habitantes.

Neste domingo, o presidente Jair Bolsonaro postou no Twitter vídeo em que populares criticavam o fechamento de rodovias no Pará como medida para contenção do coronavírus.

"Além do vírus, agora também temos o desemprego, fruto do 'fecha tudo' e 'fica em casa', ou ainda o 'TE PRENDO'", escreveu ele.

"Para toda ação desproporcional a reação também é forte. O Governo Federal busca o diálogo e solução para todos os problemas, e não apenas um", acrescentou.

O presidente tem se oposto a medidas de isolamento mais rígidas adotadas por governadores e prefeitos como forma de disseminação descontrolada do coronavírus, argumentando que elas causarão danos maiores à economia, com fechamento de postos de trabalho e ameaça de desabastecimento.

Contrariando recomendações de autoridades de saúde, Bolsonaro também tem circulado em espaços públicos e cumprimentado apoiadores em aglomerações.

Brasileira de 97 anos se torna pessoa mais idosa a sobreviver ao coronavírus no país

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Quando a brasileira Gina Dal Colleto, de 97 anos, foi hospitalizada em 1º de abril com sintomas de coronavírus, poucos poderiam pensar que ela sobreviveria ao vírus mortal.

Neste domingo, no entanto, Dal Colleto deixou o hospital Vila Nova Star, em São Paulo, de cadeira de rodas e sob aplausos de médicos e enfermeiros, tornando-se a pessoa mais idosa a sobreviver ao Covid-19 no Brasil, país latino-americano mais atingido pelo surto.

Sua inesperada recuperação foi um raio de esperança no Brasil, onde o coronavírus tem colocado em teste o sistema de saúde pública e exposto um intenso debate político sobre como lidar melhor com a disseminação do vírus e sustentar a economia do país.

Única sobrevivente de uma família italiana composta por 11 irmãos, Dal Colleto morava sozinha na cidade portuária de Santos, informou a Rede D'Or São Luiz, que controla o hospital Vila Nova Star, em um comunicado.

"Mesmo com quase um século de vida, Gina tem uma rotina muito ativa e gosta de caminhar, fazer compras e cozinhar", afirmou o comunicado. "Ela tem seis netos e cinco bisnetos."

Enquanto estava hospitalizada, Dal Colleto foi colocada em respiradores e internada na unidade de terapia intensiva, segundo o comunicado.

No sábado, o Ministério da Saúde do Brasil disse que 1.124 pessoas morreram por conta do surto, com 20.727 casos confirmados.

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro, um ex-capitão do Exército de extrema-direita, tem demonstrado irritação com as medidas de distanciamento social impostas pelos governadores estaduais e até por suas próprias autoridades de saúde. Ele quer ver a economia reabrindo, argumentando que paradas prolongadas representam um risco maior do que uma doença que ele chegou a chamar de "gripezinha".

No entanto, essa postura custou-lhe popularidade segundo pesquisas e, na maioria das noites nas cidades do Brasil, os brasileiros em quarentena estão batendo panelas e frigideiras em protesto à maneira como ele vem lidando com a crise.

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Fonte:
Estadão Conteúdo/Reuters

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