Consumo de energia elétrica recua em fevereiro pelo 2° mês consecutivo, diz CCEE

Publicado em 05/03/2020 15:54

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Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - O consumo de eletricidade no Brasil caiu 2% em fevereiro ante mesmo período do ano passado, no segundo mês consecutivo de retração, informou nesta quinta-feira a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O desempenho negativo na demanda por energia elétrica, um importante sinalizador da atividade econômica, segue-se a uma redução em janeiro estimada em 4,3% pela CCEE.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) disse nesta quinta-feira que a carga de energia-- que representa a soma do consumo com as perdas na rede-- teve queda de 3,4% em janeiro, atribuindo o resultado principalmente às temperaturas inferiores às de 2019, que reduzem a demanda pelo uso de aparelhos de ar-condicionado. [nL1N2AY112

No mercado regulado, onde os clientes são supridos por empresas de distribuição, o consumo em fevereiro teve queda de 3,8%, apontou a CCEE, enquanto houve alta de 2,3% no mercado livre de energia, no qual grandes consumidores podem negociar contratos com geradoras e comercializadoras.

Entre indústrias que compram energia no mercado livre, houve significativa retração no consumo dos setores de veículos (-10%), madeira, papel e celulose (-7,2%) e extração de minerais metálicos (-6,2%), segundo dados ajustados da CCEE.

Já os segmentos de saneamento (22%), comércio (13,8%) e transporte (9,4%) tiveram as maiores altas.

Em meados de janeiro, a CCEE projetou que o consumo de eletricidade no Brasil deveria crescer 4,2% em 2020, o que seria a maior alta desde 2013. A previsão, no entanto, tinha como base expectativas otimistas de crescimento econômico do Brasil, que já têm sido revisadas por analistas em meio aos efeitos de um surto de coronavírus sobre a economia global.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na quarta-feira que o governo também revisará suas projeções, mas que a economia brasileira deve crescer "acima de 2%" em 2020, ante projeção de 2,4% antes dos impactos do vírus.

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Fonte:
Reuters

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