Café: Bolsa de Nova York sobe 100 pts nesta 5ª em ajustes e com suporte do câmbio em parte do dia
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quinta-feira (11) com alta de 100 pontos e vencimentos acima de US$ 1,10. O mercado oscilou durante o dia de olho no câmbio e também em ajustes depois de queda na véspera, além de movimentações técnicas.
O vencimento dezembro/18 fechou o dia com alta de 100 pontos, a 112,90 cents/lb e o março/19 anotou 116,50 cents/lb com avanço de 100 pontos. Já o vencimento maio/19 registrou 118,95 cents/lb com valorização de 100 pontos, enquanto o julho/19 teve 100 pontos de ganhos, a 121,25 cents/lb.
Depois de cair mais de 100 pontos na véspera, as cotações externas do arábica voltaram a subir e ficaram mais próximas dos patamares de terça-feira, quando atingiram máximas de três meses e meio. O câmbio segue como o principal fator de movimentação do mercado na ICE, apesar de o dólar ter fechado em alta.
A moeda estranegira chegou a trabalhar com mínima de R$ 3,7175 e dava suporte aos preços do grão, mas acabou encerrando o dia com alta de 0,41%, cotada a R$ 3,7788 na venda, acompanhando o exterior e em cautela. As oscilações da divisa impactam diretamente nas exportações da commodity.
Para Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group, o mercado pode subir mais. "Os futuros agora têm o potencial de se aproximarem de 120,00 cents no dezembro, mas poderiam encenar uma correção de curto prazo primeiro. Ideias de forte produção no Brasil e no Vietnã têm mantido os futuros sob pressão de venda", disse.
Do lado fundamental, o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) informou na última quarta-feira que as exportações de café no país em setembro totalizaram 3,02 milhões de sacas. Um volume 24% superior ao mesmo período do ano passado. A receita cambial foi de US$ 410,3 milhões no período.
A consultoria Safras & Mercado informou nesta quinta-feira que a comercialização da temporada 2018/19 do Brasil avançou para 51% até o dia 09 de outubro. Uma alta de seis pontos percentuais em relação ao mês anterior. As vendas estão ligeiramente atrasadas em relação ao ano passado, quando atingiram 53%.
"O preço baixo manteve o produtor na defensiva, o que ajudou a tirar liquidez das principais praças comerciais. O fluxo de negócios segue muito errático, melhorando diante de algum repique do mercado ou por conta de interesse de algum comprador mais curto e agressivo, em típico mercado de oportunidade", afirma o analista Gil Carlos Barabach.
Leia mais:
» Café: Safras estima comercialização 2018/19 do Brasil em 51%
Mercado interno
O mercado brasileiro registrou aquecimento nos negócios nas últimas semanas acompanhando a valorização externa. "Esse cenário esteve atrelado principalmente à recuperação das cotações externas da variedade, que, por sua vez, foram impulsionadas pela desvalorização do dólar frente ao Real e por movimentos de recuperação técnica", disse em nota o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
Nesta sexta-feira (12), será feriado de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e as praças de comercialização funcionam no Brasil.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 482,00 e alta de 2,34%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 451,00 e alta de 1,58%. A maior variação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) (estável) e Franca (SP) (estável), ambas com saca a R$ 440,00. A maior oscilação foi registrada em Patrocínio (MG) com alta de 2,38% e saca a R$ 430,00.
Na quarta-feira (10), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 433,03 e queda de 0,14%.
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