Café: Bolsa de Nova York tem nova valorização na sessão desta 5ª feira com suporte do dólar no Brasil e ajustes
O mercado futuro do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) testou recuperação mais expressiva nesta quinta-feira (20). As cotações tiveram suporte da desvalorização do dólar ante a moeda brasileira e de processes de ajustes após as mínimas vistas recentemente.
O vencimento dezembro/18 fechou o dia com alta de 255 pontos, a 99,25 cents/lb e o março/19 anotou 102,55 cents/lb com avanço de 250 pontos. Já o contrato maio/19 registrou 104,95 cents/lb e ganhos de 250 pontos e o julho/19 teve valorização de 245 pontos, a 107,30 cents/lb.
De acordo com a Reuters internacional, o real se fortaleceu ante o dólar nesta quinta-feira pelo segundo dia consecutivo, o que acabou diminuindo as vendas dos produtores brasileiros e favorecendo o mercado na ICE. Ainda assim, a moeda segue acima de R$ 4,05 na venda.
O dólar comercial fechou o dia com queda de 1,27%, cotado a R$ 4,072 na venda, de olho em outras moedas de países emergentes e com investidores repercutindo a pesquisa Datafolha, divulgada ontem (19), que trouxe Fernando Haddad (PT) empatado tecnicamente com Ciro Gomes (PDT).
Apesar do segundo avanço seguido no mercado do arábica, analistas, no entanto, ainda não consideram que as cotações da variedade podem ter mudado de tendência, uma vez que segue a pressão pode retornar e o otimismo com a safra brasileira ainda paira sobre os operadores externos.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou na terça-feira que a produção brasileira pode totalizar neste ano 59,9 milhões de sacas beneficiadas de 60 kg. Essa seria a maior produção na história do país. Os trabalhos de colheita caminham para a finalização no país.
A colheita de café da safra 2018/19 dos cooperados da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) atingiu 98,27% até o dia 14 de setembro, segundo informou na terça-feira (18) a entidade. Os trabalhos avançam para a finalização e tiveram um salto de mais de três pontos percentuais de uma semana para a outra.
Mercado interno
O mercado brasileiro de café teve poucos negócios no início da semana, mas os preços já avançam em algumas praças com o cenário externo. "Os negócios envolvendo café voltaram a se enfraquecer. Para o arábica, boa parte dos produtores consultados pelo Cepea está concentrada nas entregas já programadas", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) (+2,27%) e Patrocínio (MG) (+1,12%), ambas com saca a R$ 450,00. A maior oscilação ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com baixa de 4,44% e saca a R$ 430,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação no dia em Franca (SP) com saca cotada a R$ 435,00 e alta de 3,57%. Essa foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 435,00 – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP) com baixa de 4,76% e saca cotada a R$ 400,00.
Na quarta-feira (19), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 406,31 e baixa de 1,39%.
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