Café: Bolsa de Nova York recua mais de 100 pts nesta 2ª e volta a se aproximar das mínimas de 12 anos

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta segunda-feira (10) com queda de mais de 100 pontos. O mercado externo do grão voltou a se aproximar das mínimas de 12 anos com pressão do câmbio sobre os preços externos e movimentação dos fundos.

O vencimento dezembro/18 fechou o dia com queda de 120 pontos, a 101,25 cents/lb e o março/19 anotou recuo de 115 pontos, a 104,65 cents/lb. Já o contrato maio/19 registrou 107,10 cents/lb com 110 pontos de desvalorização e o julho/19 anotou 109,50 cents/lb com 105 pontos de perdas.

O mercado do arábica testou recuperação na última sexta-feira (07), feriado da Independência do Brasil. No entanto, o campo negativo voltou a tomar conta do terminal externo nesta segunda com novas oscilações cambiais e movimento dos fundos e especuladores, segundo informam agências internacionais.

Apesar de operar em alta em parte do dia e pressionar o café, o dólar acabou fechando o dia com leve baixa. A divisa teve queda de 0,26%, a R$ 4,0935 na venda, mas na máxima do dia foi a R$ 4,1283. O mercado trabalhou em movimento de ajuste e atento ao cenário político, que fez com que investidores avaliassem que a esquerda perderia fôlego nas eleições.

“O atentado...alimentou animador desempenho dos ativos locais...tendo como leitura majoritária o potencial fortalecimento de candidatos de centro-direita/direita(especialmente o próprio Bolsonaro) nas eleições do próximo dia 7 de outubro”, explicou a H.Commcor Corretora em relatório. As informações são da Reuters.

Fundamentalmente, ainda são poucas aps novidades, a colheita na área da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) atingiu 91,84% até o dia 31 de agosto. Os trabalhos na área de abrangência da maior cooperativa de café do mundo avançaram pouco mais de dois pontos percentuais de uma semana para a outra.

Além disso, segundo o Escritório Carvalhaes, os baixos preços preocupam os produtores. "Na semana passada o óleo diesel foi reajustado em 13% e o frete em 5% na média. Fertilizantes, defensivos, combustíveis e energia elétrica sobem com força enquanto especuladores derrubam o preço do café em Nova Iorque", informou. 

Mercado interno

Os negócios no mercado brasileiro ocorreram mais nos últimos dias, segundo o Escritório Carvalhaes, mas as ofertas ainda são baixas. "A colheita de nossa safra 2018 está bem próxima do final e as despesas com mão de obra, benefício e armazenagem vão obrigando parte dos produtores a realizar o prejuízo, vendendo nas bases oferecidas pelos compradores para saldar seus compromissos mais próximos", disse.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca R$ 463,00 e queda de 0,43%. A maior oscilação no dia ocorreu em Patrocínio (MG) com queda de 5,38% e saca cotada a R$ 440,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação no dia em Franca (SP) com saca cotada a R$ 440,00 – estável. A maior oscilação no dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com queda de 1,16% e saca a R$ 425,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca a R$ 435,00 – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Araguari (MG) com alta de 1,20% e saca a R$ 420,00.

Na quinta-feira (06), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 424,50 e queda de 0,51%.

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