Café: Cotações do arábica recuam 50 pts nesta 5ª feira com pressão do câmbio e rolagens na Bolsa de Nova York
O mercado futuro do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) seguiu em baixa na sessão desta quinta-feira (09). As cotações da variedade estenderam as perdas registradas na véspera ainda com grande influência de rolagens de posições, segundo agências internacionais. O câmbio também contribuiu para as perdas.
O vencimento setembro/18 encerrou a sessão com queda de 50 pontos, cotado a 107,35 cents/lb e o dezembro/18 registrou 110,40 cents/lb com recuo de 60 pontos. Já o contrato março/18 anotou 113,65 cents/lb com desvalorização de 65 pontos e o maio/19, mais distante, teve baixa de 70 pontos, cotado a 115,90 cents/lb.
"O arábica tem sido pressionado conforme os participantes do mercado saem de suas posições do contrato setembro para o dezembro, antes do primeiro dia de aviso do primeiro contrato no dia 23 de agosto", reportou a agência de notícias Reuters. Essa é a segunda queda consecutiva em meio ao movimento técnico.
O mercado externo do arábica também foi pressionado pelo câmbio. O dólar comercial fechou o dia com alta de 1%, a R$ 3,804 na venda, com cautela diante da cena política local e do exterior. A moeda estrangeira mais alta tende a encorajar as exportações, mas pesa sobre os preços externos. O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo.
"O Brasil está entrando num momento ímpar e parece que os players do mercado em seus diversos segmentos estão num 'corner'", diante de "tantas incertezas e dúvidas" no noticiário diariamente, disse o economista Sidnei Nehme, sócio da NGO Corretora, em comunicado para clientes. As informações são da Reuters.
Após o fechamento externo, o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café) divulgou que as exportações do Brasil em julho totalizaram 2,03 milhões de sacas de 60 kg com alta de 27,5% ante o mesmo mês do ano passado. A entidade considera o saldo positivo mesmo diante de problemas observados na movimentação de carga nos portos e navios.
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As vendas de café no Brasil da safra 201/19 chegaram a 38% até o dia 7 de agosto, segundo levantamento da Safras & Mercado, em uma safra projetada em 60,50 milhões de sacas. Segundo o analista da consultoria, Gil Carlos Barabach, a comercialização de café no país seguiu ativa ao longo de julho, primeiro mês da temporada comercial 2018/19.
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Mercado interno
Os preços internos do café esboçaram curtas oscilações nesta quinta, com fechamentos pontuais, após aquecimento nos negócios recentemente. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), alguns negócios foram fechados nos últimos dias, devido à necessidade de caixa de alguns produtores, mas o cenário deve seguir lento nos próximos dias.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Franca (SP) (estável) e Patrocínio (MG) (-2,11%), ambas com saca R$ 465,00. A maior variação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 3,23% e saca a R$ 450,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 445,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 0,93% e saca a R$ 435,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) (estável), Patrocínio (MG) (estável) e Vitória (ES) (estável), ambas com saca a R$ 435,00. A maior oscilação no dia ocorreu em Araguari (MG) com queda de 2,33% e saca a R$ 420,00.
Na quarta-feira (08), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 420,56 e queda de 0,52%.
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