Café: Cotações do arábica encerram sessão desta 4ª feira na estabilidade na Bolsa de Nova York
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quarta-feira (25) na estabilidade. O mercado realizou ajustes técnicos durante o dia e operadores seguiram atentos às informações sobre a safra do Brasil mas, sem muitas novidades, os preços fecharam o dia sem oscilações.
O vencimento setembro/18 encerrou o dia estável, a 110,95 cents/lb e o dezembro/18 anotou 114,25 cents/lb também na estabilidade. Já o contrato março/18 registrou 117,90 cents/lb com 10 pontos de valorização e o maio/19, mais distante, fechou a sessão com 5 pontos de baixa, a 120,25 cents/lb.
O arábica na ICE chegou a trabalhar dos dois lados da tabela no dia. Primeiro em alta com correção técnica ante a véspera e depois do lado vermelho da tabela diante do otimismo com a safra 2018/19 do Brasil, que está em plena colheita, e pode ter produção recorde, além da atuação dos fundos.
"O mercado segue com oscilações curtas, com a safra brasileira exercendo pressão de baixa nas cotações sendo limitado pela grande posição vendida por parte dos fundos e também pela queda do dólar", disse em relatório nesta quarta-feira o analista da Origem Corretora, Anilton Machado.
O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com queda de 1,09%, a R$ 3,7022 na venda, com investidores acompanhando a cena externa. Esse foi o menor patamar desde 25 de maio. O câmbio impacta diretamente as exportações da commodity pelo Brasil, mas o mercado acabou ignorando no dia a oscilação da moeda.
Segundo estimativa da consultoria Safras & Mercado, a colheita de café da safra 2018/19 do Brasil foi indicada em 68% até o dia 24 de julho, totalizando 41,02 milhões de sacas levando em conta a projeção de produção para o país. Na semana passada, o índice estava em 61%. Os trabalhos seguem atrasados.
Mercado interno
O mercado brasileiro segue com baixo volume de negócios. Com o avanço da colheita no país, produtores ainda seguem distantes das mesas de negociação das praças de comercialização. "Com o avanço da atividade, as cotações internas e externas do grão estão em queda", disse em nota o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 480,00 – estável. A maior variação no dia dentre as praças ocorreu em Guaxupé (MG) com queda de 4,08% e saca a R$ 470,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 454,00 e queda de 0,66%. A maior oscilação no dia dentre as praças foi registrada em Franca (SP) com queda de 1,10% e saca a R$ 450,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 450,00 e alta de 1,12%. A maior variação no dia ocorreu na Média Rio Grande do Sul com alta de 2,30% e saca a R$ 445,00.
Na terça-feira (24), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 434,48 e queda de 0,74%.
0 comentário
Preços do café estendem alta de 3 semanas e fecham sessão desta 6ª feira (22) com ganhos de mais 4% na bolsa de Londres
Café: Mesmo nas máximas em 13 anos, preços não afastam compradores e mercado ainda é bastante resiliente
Safra de café da Colômbia 24/25 projetada em 12,9 mi sacas, diz USDA
Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas decide os vencedores de 2024
Café no varejo: vendas aumentaram 1,1% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2023
Preços do café seguem em volatilidade e apresentam altas no início da tarde desta 6ª feira (22)